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Bloqueio de viagens no Natal afetará dez milhões de italianos

O bloqueio de viagens no Natal, a ser determinado pelo governo da Itália, afetará 10 milhões de italianos, com perdas estimadas em 4,1 bilhões de euros.  O alarme foi lançado pela Coldiretti (Confederazione Nazionale Coltivatori Diretti), a principal organização de empresários agrícolas em nível nacional e europeu.  

O decreto do primeiro-ministro Giuseppe Conte, que vai ditar as regras anti-Covid para o Natal e Ano Novo, deverá ser divulgado até 4 de dezembro. 

Com a proibição de deixar sua cidade de residência nas festas de final de ano, mais de dez milhões de italianos, que visitaram parentes ou saíram de férias no ano passado, não irão a lugar nenhum. É a análise Coldiretti /Ixè sobre o impacto das restrições anti coronavírus.

Prejuízos à economia e ao emprego

O impedimento para viajar afetará a economia e o emprego, com prejuízo estimado de 4,1 bilhões de euros, em despesas perdidas para turistas italianos no Natal e no Ano Novo, que no ano passado passaram em média seis dias longe de casa. 80% dos cidadãos que escolheram a Itália, como destino principal, estão bloqueados. E também há os italianos que no ano passado decidiram ir para o exterior (20%) e que, agora, teriam que passar por quarentena obrigatória e tampone,  ao retornar ao país, se cruzarem a fronteira depois de 20 de dezembro.

Turismo de neve é o setor mais afetado

Com a parada nas estações de esqui para evitar multidões, entre os destinos turísticos a pagar o preço mais alto está a montanha, sublinha Coldiretti. Na verdade, 3,8 milhões de italianos, no ano passado, tiraram férias na neve, durante as férias de Natal. Impedir que isso aconteça implicará em prejuízos não apenas à estações de esqui, mas afetará todos os empreendimentos que fazem parte das férias nas montanhas – de cabanas de montanha à produção de queijos finos.

Grande parte da sobrevivência das estruturas agrícolas depende da renda deste período do ano - explica Coldiretti. As empresas que, com as suas atividades de criação e cultivo - conclui a associação dos empresários agrícolas - desempenham um papel fundamental na salvaguarda do território. Contra a instabilidade hidrogeológica, o abandono e o despovoamento.

Grande parte da sobrevivência das estruturas agrícolas depende do trabalho de final de ano, que com suas atividades agropecuárias - conclui Coldiretti - desempenham um papel fundamental na proteção do território contra a instabilidade hidrogeológica, o abandono e o despovoamento.