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Visões de freira italiana lançam luzes sobre a vida de São José

Madre María Cecilia Baij é autora do livro “La vida de San José”, escrito a partir de revelações místicas sobre a vida de Cristo.

As meditações de uma freira beneditina italiana do século XVIII oferecem a oportunidade de imaginar os detalhes da vida cotidiana da Sagrada Família, a partir da perspectiva do pai adotivo de Jesus.

O livro La vida de San José, escrito pela Madre María Cecilia Baij, contém a revelação pessoal da religiosa e oferece um retrato íntimo da vida de oração, dos sofrimentos e das alegrias vividos no seio da Sagrada Família.

A obra reconstrói em 75 páginas a vida de São José, desde seu nascimento até antes de conhecer a Virgem Maria. Em seguida, o leitor acompanha as experiências de um São José que se alegra com a Encarnação no seio de Maria; que suporta provações no caminho para Belém; que chora de alegria ao segurar o Salvador do mundo em seus braços; que canta hinos de louvor a Deus com Maria; que trabalha com o menino Jesus em sua oficina; e continuamente se rende à vontade de Deus em face das incertezas.

Embora a Igreja Católica não considere obrigatório acreditar nas revelações privadas da Irmã Baij como uma questão de fé, o livro recebeu um Imprimatur (do latim “imprímase”) e Nihil Obstat (do latim “nada se opõe”) do Vaticano, que o declara oficialmente livre de erros doutrinários e morais.

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O manuscrito foi concluído antes da morte da irmã Baij, em 1766, mas permaneceu desconhecido, até que em 1900 um monge beneditino, Dom Willibrord van Heteren, encontrou os escritos no convento de São Pedro, em Montefiascone, e publicou alguns trechos.

Vinte anos depois, um bispo local, o bispo Peter Bergamschi, interessou-se pelos escritos religiosos mantidos no arquivo do convento. Então, em 17 de março de 1920, o Prelado apresentou os manuscritos ao Papa Bento XV em audiência privada durante o mês de São José, e o Sumo Pontífice o encorajou a publicá-los.

Ir. Maria Cecilia Baij nasceu em 1694, em Montefiascone, uma cidade montanhosa a cerca de 60 milhas ao norte de Roma, localizada às margens do Lago Bolsena, na Itália. Aos 20 anos fez os votos religiosos na comunidade beneditina de Montefiascone. Ela foi nomeada abadessa em 1743 e permaneceu no cargo até sua morte, aos 72 anos.

Em suas orações no convento, Irmã Baij recebeu tanto ataques do demônio quanto revelações místicas sobre a vida de Cristo, São José, a Sagrada Família e São João Batista, que ela mais tarde, em obediência ao seu confessor, descreveu em extensos manuscritos.

Vista da cidade de Montefiascone, província de Viterbo, no Lazio

O convento beneditino de San Pedro continua ativo hoje mais de 250 anos após a morte da freira. As irmãs recebem os peregrinos ao longo da Via Francigena, uma rota de peregrinação medieval que passa pela cidade. As irmãs também possuem todos os manuscritos originais da irmã Baij.

Acredita-se que a freira tenha completado seu relato da vida de São José em dezembro de 1736. Ao longo do texto, José é frequentemente representado em oração, louvando a Deus por conta própria e também, junto com a Virgem Maria e Jesus.

A freira relatou que São José “certa vez comentou com Maria: 'Minha esposa, só a tua canção basta para consolar todos os corações aflitos! Que conforto você me deu com isso! Que alívio para o meu cansaço! Que grande alegria para mim ouvir você falar ou cantar! ... '”. (Originalmente publicado por ACI)