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Banco italiano UniCredito incorpora HVB

UniCredito é líder na Itália e um dos mais lucrativos bancos da Europa
 
Na maior fusão de bancos da história da Europa, o italiano UniCredito incorporou por 19 bilhões de euros o alemão HypoVereinsbank (HVB). Mais de nove mil pessoas devem perder o emprego.

A instituição financeira resultante da fusão terá 120 mil empregados e será a nona maior da Europa, segundo seu valor de mercado. Antes da fusão, o HVB era o segundo maior banco alemão. Já o UniCredito/HVB, com valor de mercado calculado em 41,2 bilhões de euros, supera o número um da Alemanha, o Deutsche Bank.

O sinal verde para a fusão, que deverá ser concluída até outubro, foi dado no último domingo pelo conselho fiscal do HVB, que se reuniu em Munique. Logo em seguida, o conselho fiscal do UniCredito, em Milão, também aprovou o negócio. A decisão foi bem aceita pelo maior acionista do HVB, a resseguradora Münchener Rück.

Para o presidente do UniCredito, Alessandro Profumo, a fusão resulta num banco nem alemão, nem italiano, mas no primeiro banco "verdadeiramente europeu". O ministro das Relações Exteriores da Itália, Gianfranco Fini, saudou a fusão: "Este é um dia muito feliz para a Itália e a Europa". Para o presidente do HVB, Dieter Rampl, "ambos escolhemos o melhor parceiro".

Cortes atingem Leste Europeu e Alemanha

As instituições divulgaram que serão demitidos 9.200 funcionários, a maioria deles em países do Leste Europeu, onde os dois bancos têm forte presença. Mas também a Alemanha será atingida.

Segundo cálculos do Ver.di, o sindicato alemão dos funcionários do setor de prestação de serviços, serão cortados dois mil postos de trabalho. O governo alemão não quis comentar os cortes e afirmou que a fusão é uma transação econômica normal.

O UniCredito se comprometeu a não demitir ninguém pelos próximos três anos. Para o mercado alemão, a garantia é válida por cinco anos. Mas o conselho fiscal da nova instituição pode, teoricamente, derrubar essa garantia. Para isso, é necessário o voto de 19 dos 24 membros do conselho fiscal.

O gigante italiano é um dos bancos mais lucrativos da Europa. Nos últimos anos, várias filiais deficitárias foram fechadas, fazendo com que a lucratividade da empresa italiana superasse a da instituição alemã.

Leia o texo na íntegra no site da Deutsche Welle.