Italianos querem colocar seu poder de fogo e flexibilidade nos ares do Brasil

A Força Aérea Brasileira, que vem passando por um processo de reaparelhamento e renovação de suas frotas, pleiteia a aquisição de 12 helicópteros militares desde outubro passado. A AgustaWestland, companhia italiana do segmento bélico, e a russa Rosoboronexport, concorrem à transação com os modelos AW-109 e o MI 35, respectivamente.

O modelo italiano combina poder de fogo e flexibilidade, encaixando-se a diversas aplicações; além da utilização militar e proteção civil, o helicóptero possui amplo espaço médico para carregar pacientes em resgates e conta com uma autonomia de vôo que lhe permite cumprir um amplo leque de missões. O processo de compra dos equipamentos de ataque, iniciado em outubro com um investimento estimado em até US$ 500 milhões, prevê também a aquisição de tanques e transportes.

A AgustaWestland, empresa do grupo italiano de soluções militares Finmeccanica, é líder mundial no mercado de helicópteros com fins bélicos e comerciais, atuando no segmento há mais de 50 anos. Da análise preliminar e definição do projeto aos sistemas eletrônicos e à produção de todas as partes que compõem essa complexa máquina de vôo, as operações da companhia perpassam todas as fases de construção das aeronaves.

O processo de compra dos equipamentos de ataque pode ter seu desfecho nas próximas semanas ou, então, em setembro próximo, por ocasião do lançamento do Plano Nacional de Defesa,  de acordo com o jornal Valor Econômico. Nos bastidores da negociação, a fabricante brasileira Helibras ofereceu ao governo a instalação de uma nova linha de montagem, destinada ao modelo de helicóptero de transporte Super Cougar. Para que o projeto saia do papel, no entanto, o governo brasileiro precisa se comprometer a adquirir 50 unidades da aeronave, o que pode atrasar a conclusão do negócio com as empresas italiana e russa. 

Duas reuniões já foram realizadas no Palácio do Planalto para discutir a produção do helicóptero de transporte . A primeira reunião aconteceu em setembro do ano passado e a segunda, mais decisiva, foi realizada em fevereiro desse ano.