UIL

Porta (PD): Decreto hostil às nossas comunidades no exterior

O Parlamento deve restaurar a dignidade ferida aos italianos em todo o mundo.

O deputado italiano Fabio Porta (PD), eleito pela América do Sul, no XIV Congresso Mundial da CIM (Confederação dos Italianos no Mundo), realizado de 3 a 6 de abril em Tunes, na Tunísia, classificou o recente decreto do governo italiano sobre cidadania como um ato hostil às comunidades italianas espalhadas no mundo. Segundo o parlamentar, o Ministro das Relações Exteriores Tajani, “a fim de justificar o recurso inapropriado e imotivado à decretação de urgência, recorreu a declarações graves e claramente falsas dirigidas aos italianos no mundo".

Fabio Porta destacou os antecedentes do decreto do governo de Giorgia Meloni que pegou de surpresa os descendentes de italianos no exterior: “Este decreto não surgiu do nada e, por mais surpreendente e inesperado que seja, é o resultado de uma série de medidas que nos últimos meses atingiram diretamente os direitos dos nossos concidadãos no exterior: a suspensão dos ajustes previdenciários, a eliminação dos benefícios de desemprego, o aumento temerário das taxas de cidadania; essas medidas já haviam caracterizado a última lei orçamentária como a mais injusta e punitiva para a comunidade de italianos no mundo”.

Fabio Porta condenou a exclusão do Parlamento da Itália e a pressa ao colocar em vigor o decreto que limita o direito ao reconhecimento da cidadania italiana: “Negar a cidadania a gerações de italianos nascidos no exterior com um decreto-lei que já entrou em vigor sem nenhuma discussão parlamentar e sem nenhum envolvimento do nosso complexo sistema de representação equivale a dar uma bofetada na história da nossa emigração e responde à lógica segundo a qual para este governo o fenômeno migratório deve ser abordado como uma questão de ordem e segurança e não de crescimento e desenvolvimento.

E o parlamentar concluiu com duras críticas ao governo de Giorgia Meloni: “Um governo falso e masoquista, mentiroso porque Giorgia Meloni fez campanha prometendo a defesa quase a priori do ‘ius sanguinis’, e masoquista porque, ao fazê-lo, está prejudicando a Itália, que, pelo contrário, precisa de políticas ativas tanto na frente da imigração e inclusão quanto na valorização e atração de descendentes de italianos para combater o despovoamento. O Partido Democrático, coerente com sua história e fiel aos compromissos assumidos com seus eleitores, fará todo o possível, dentro e fora do Parlamento, para forçar o governo a rever esta lamentável decisão ou pelo menos reduzir seus efeitos nocivos dentro e fora do nosso país.

Porta (PD) al Congresso CIM a Tunisi: Il decreto cittadinanza è un atto ostile alle nostre collettività all’estero. Il Parlamento restituisca agli italiani nel mondo la dignità ferita 

Intervenendo a Tunisi, al quattordicesimo congresso mondiale della CIM (Confederazione italiani nel mondo) l’On. Fabio Porta ha raccolto l’appello proveniente da tutto il mondo a favore del ritiro del decreto del governo in maniera di cittadinanza, “un vero e proprio atto ostile nei confronti delle nostre grandi collettività diffuse in tutto il mondo, una ferita aggravata dalle parole del Ministro degli Esteri Tajani, che per giustificare il ricorso inopportuno e immotivato alla decretazione d’urgenza ha fatto ricorso ad affermazioni gravi e palesemente false rivolgendosi agli italiani nel mondo.” 

“Questo decreto – ha spiegato ai congressisti il deputato del PD – non nasce dal nulla, e per quanto sorprendente e inaspettato è il frutto di una serie di provvedimenti che negli ultimi mesi hanno preso di mira in maniera diretta i diritti dei nostri connazionali all’estero: la sospensione dell’adeguamento delle pensioni, l’eliminazione dell’indennità di disoccupazione, l’aumento scriteriato delle tasse sulla cittadinanza; queste misure avevano già caratterizzato l’ultima legge di bilancio come la più ingiusta e punitiva nei confronti della comunità degli italiani nel mondo.” 

“Negare la cittadinanza alle generazioni di italiani nate all’estero con un decreto legge che è già entrato in vigore senza nessuna discussione parlamentare e senza alcun coinvolgimento del nostro articolato sistema di rappresentanza – ha aggiunto il parlamentare eletto in Sudamerica – equivale a dare uno schiaffo alla storia della nostra emigrazione e risponde alla logica secondo la quale per questo governo il fenomeno migratorio va affrontato come un tema di ordine e sicurezza e non di crescita e sviluppo.” 

“Un governo falso e masochista – ha concluso l’On. Porta – bugiardo poiché Giorgia Meloni aveva fatto campagna elettorale promettendo una difesa quasi aprioristica dello ‘ius sanguinis’, e masochista perché così facendo fa male all’Italia che al contrario avrebbe bisogno di politiche attive tanto sul versante dell’immigrazione e dell’inclusione che della valorizzazione e dell’attrazione degli italo-discendenti per contrastare lo spopolamento.” 

“Il Partito Democratico, coerente con la sua storia e fedele agli impegni presi con i suoi elettori, farà tutto il possibile dentro e fuori il Parlamento per costringere il governo a rivedere questa infausta decisione o quanto meno a ridurne i suoi effetti dannosi dentro e fuori il nostro Paese.”