Beleza de Ravello transforma professor brasileiro em poeta
Solo visitando Ravello è dato vivere intensi momenti di magico stupore! A frase, efetivamente, não é obra do acaso. Que o dia o professor da Universidade do Sul de Santa Catarina Unisul, Geraldo Campos. Durante uma estada de 50 dias nessa cidade da província de Salerno, na Campania, ele ficou tão sensibilizado com o que viveu que decidiu escrever um livro de poemas. Na manhã da última sexta-feira (07), Campos fez questão de presentear o coordenador da Scuola de Management Culturale do Ravello Festival, Calogero Catanea, com o livro que recebeu o título Ravello Instirador: um passeio poético ao sul da Itália.
Quando foi à Itália acompanhar o Ravello Festival 2007, o professor da universidade catarinense nunca havia escrito poesias. Mas estada na cidade, e minhas excursões rápidas a outras cidades e lugares históricos da Itália, juntamente com as inter-relações com os colegas da escola, fizeram com que eu me tornasse um poeta iniciante, um poeta de ocasião, diz o professor.
Ocasião, porque o momento fez com que aflorasse uma grande inspiração, fruto da sensibilidade e do olhar atento aos detalhes que a cidade de Ravello e o sul da Itália fizeram com que eu tivesse a oportunidade de contemplar, explica.
Lugares, sentimentos, pessoas e ações fazem de Ravello uma inspiração, uma transmissão de um sentimento ao papel, segundo Campos. Minhas palavras, mesmo que românticas, transmitem ao leitor um pouco do espírito de Ravello e a magia do sul da Itália, analisa o professor.
A primeira versão da obra será impressa aos 33 alunos da Escola de Management Cultural e à Fundazione Ravello. é uma versão muito simples, porque muitas das poesias são frutos das relações que tive com o pessoal da escola e do festival. Penso que seja um presente que possa simbolizar a manutenção daquilo que estamos constantemente vivenciado, o espírito de Ravello, comenta.
Abaixo uma das poesias do livro.
Caminho dos Pinheiros Villa Cimbrone
Observo as ranhuras do pinheiro
Que não consigo abraçá-lo
Um bosque tão magnífico
Que voltei para escrever uma poesia
Na coluna de pinheiros
O sol se entrelaça
As pinhas caídas no chão
Contrastam com a cor seca da vegetação
Não sei onde este caminho vai dar
Mas ao te olhar
Minha mente começa a vagar
Ao lado direito
As montanhas calcárias
E o vento que insiste em soprar
Balança as árvores, move a terra do caminho
Apaga as pegadas
De alguém que a pouco passou por este lugar
Este mesmo vento
Minha paixão natural
Faz deste fim de tarde
Um momento imortal
Deixo aqui minhas pegadas
Que o vento pode apagar
Mas renovo a esperança
De que a cada dia caminho da vida
Serei forte como o pinheiro
Que nem o vento e o tempo podem derrubar
Porém flexível
Que a cada rajada de vento
Faz seus galhos ceder e voltar
Penso que hoje ao observar a natureza
Aprendo mais um pouco
Ser forte e flexível
E em cada momento da vida
Trilhar um caminho
Lembrando do caminho dos pinheiros
Que tive o prazer de contemplar
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