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EUA pedem que Europa contribua com mais soldados para Iraque

O encontro foi marcado para discutir o papel da aliança militar nos dois países, ambos palco de insurgências.

Sem referir-se a qualquer país especificamente, o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, também defendeu um envolvimento maior da Europa nas missões ao dizer a chanceleres de países-membros que as relações entre os EUA e a Europa dependiam de um maior comprometimento do velho continente na área de segurança.

Os EUA desejam que seus aliados europeus ofereçam soldados para dirigir centros de treinamento no Iraque e para participar das forças de paz da Otan atualmente estacionadas no Afeganistão.

"Acho que veremos nesse encontro vários países se apresentando para contribuir tanto com oficiais quanto com soldados para a força de proteção", afirmou uma autoridade dos EUA.

"Acredito que três, quatro ou cinco países se comprometerão nesse sentido", disse a autoridade.

A Otan afirmou precisar de até 300 militares para serem enviados ao Iraque em missão de treinamento, mas que poderia dar início a esses esforços com um número menor de oficiais.

Segundo diplomatas, até agora, apenas 38 oficiais foram oferecidos além dos 60 já estacionados no país árabe.

Os EUA também esperam que os países europeus ajudem a expandir a área patrulhada pela força de paz no Afeganistão, que possui 8.500 membros. Atualmente, a força atua em Cabul (capital) e no norte do país.

Até agora e apesar de algumas ofertas feitas antes da cúpula, autoridades da Otan disseram não estar em condições de anunciar uma expansão da área de atuação das forças de paz no Afeganistão.

A Itália mostrou-se disposta a contribuir com soldados, bem como o Canadá, mas isso depois das eleições parlamentares afegãs, previstas para o começo de maio e, durante as quais, pode acontecer uma intensificação da violência.

Na abertura da cúpula, Hoop Scheffer disse ser prioridade a retomada dos laços entre os EUA e a Europa, abalados pela oposição de países europeus à guerra contra o Iraque. (Reportagem adicional de Carsten Lietz).