UIL

Por que os casos de varíola dos macacos estão aumentando na Europa

Um punhado de casos já foram relatados ou são suspeitos no Reino Unido, Portugal e Espanha. Os surtos estão despertando o alarme porque a doença ocorre principalmente na África Ocidental e Central, e apenas ocasionalmente se espalha para outros lugares.

Aqui está o que os cientistas sabem até agora.

Altamente incomum

Monkeypox é um vírus que causa sintomas de febre, bem como uma erupção cutânea distinta. Geralmente é leve, embora existam duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave – com até 10% de mortalidade – e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de mais de 1% dos casos. Os casos do Reino Unido são menos relatados como a cepa da África Ocidental.

"Historicamente, houve muito poucos casos exportados. Isso só aconteceu oito vezes no passado antes deste ano", disse Jimmy Whitworth, professor de saúde pública internacional da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que disse que isso é "altamente incomum".

Portugal registrou cinco casos confirmados e a Espanha está testando 23 casos potenciais. Nenhum país relatou casos antes.

Transmissão

O vírus se espalha por contato próximo, tanto em transbordamentos de hospedeiros animais quanto, menos comumente, entre humanos. Foi encontrado pela primeira vez em macacos em 1958, daí o nome, embora os roedores sejam agora vistos como a principal fonte de transmissão.

A transmissão desta vez é intrigante para especialistas, porque vários casos no Reino Unido - nove em 18 de maio - não têm conexão conhecida entre si. Apenas o primeiro caso relatado em 6 de maio viajou recentemente para a Nigéria.

Como tal, os especialistas alertaram para uma transmissão mais ampla se os casos não forem relatados.

O alerta da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido também destacou que os casos recentes ocorreram predominantemente entre homens que se identificaram como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens, e aconselhou esses grupos a ficarem alertas.

Os cientistas agora sequenciarão o vírus para ver se eles estão ligados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana. Fonte: LONDRES, 18 Mai (Reuters) - Leia aqui a matéria completa (em inglês)