Fabio Porta, com a deputada estadual Patrícia Alba, Stephania Puton (CGIE) e Marcos Alba

Fabio Porta realiza encontros no Rio Grande do Sul

Senador italiano Fabio Porta (PD) cumpriu agenda de reuniões com lideranças da comunidade ítalo-brasileira, durante a sua passagem por Porto Alegre (RS), na última semana. A importância da representação política de qualidade no Parlamento da Itália e os desafios a serem superados nas próximas eleições – previstas, inicialmente, para ocorrerem em março de 2023 – estiveram entre os temas tratados pelo parlamentar, na série de encontros realizada na capital gaúcha. 

Fabio Porta, que representa no Senado da Itália os italianos residentes na América do Sul, alerta para o risco de, pela primeira vez, desde que foi instituído o voto dos italianos no exterior, o Brasil ficar fora do Poder Legislativo italiano: “O país com a maior comunidade italiana do mundo não pode ficar sem nenhum representante no Parlamento da Itália, isso seria tremendamente injusto; a comunidade italiana no Brasil precisa se conscientizar da importância de participar das futuras eleições, votando com responsabilidade e confiança, em candidatos que estejam preparados para exercer de fato a representação”, afirma.

A redução do número de parlamentares na Itália, decidida por plebiscito em 2020, impacta significativamente a representação dos italianos no exterior, conforme ressalta Fabio Porta: “Com a diminuição no número de parlamentares, o resultado das próximas eleições italianas no exterior, em termos de vagas, será diferente. A América do Sul, que em 2018 elegeu 2 senadores e 4 deputados, dessa vez  irá eleger apenas 1 senador e 2 deputados, em toda a circunscrição, acirrando ainda mais a disputa eleitoral. A este respeito, estou conversando com pessoas de diversas áreas e estou encontrando um grande consenso”, conclui.

A Constituição Italiana, de acordo com a Lei nº 459 de 27 de dezembro de 2001, prevê que os cidadãos italianos residentes no exterior, inscritos nas listas eleitorais, possam votar pelo correio. O direito foi instituído pela chamada Lei Tremaglia, de 2001. Para isso, é necessário que o eleitor esteja com suas informações pessoais atualizadas junto ao consulado italiano de sua circunscrição eleitoral. O voto é opcional e há uma distinção entre a idade mínima para participar do pleito: é necessário ter ao menos 18 anos para votar à Câmara e 25 anos para votar ao Senado.