UIL

Italianos e portugueses continuam desaparecidos

O ministro de Assuntos Exteriores da Itália, Gianfranco Fini, informou neste sábado que mais de 660 italianos continuam desaparecidos no sudeste asiático devido ao terremoto do último domingo, enquanto o governo português reduziu para oito o número de turistas do país ainda não localizados na região.

Em entrevista coletiva nesta tarde na sede de seu departamento, Fini disse que, além das centenas de pessoas desaparecidos até o momento, já há a confirmação de dezoito italianos mortos na tragédia.

Esses números mudam rapidamente e alguns de seus colaboradores no Ministério e o próprio Fini disseram que "o balanço final (de mortos) pode ser muito mais alto".

Dos 660 desaparecidos, 90% estavam em férias em algum ponto da Tailândia e 8% no Sri Lanka. O restante estava provavelmente nos outros países afetados, segundo mensagens que seus familiares enviaram à unidade de crise do Ministério.

O chefe da diplomacia italiana pediu a esses familiares que não se desloquem para o sudeste asiático para tentar localizar os desaparecidos, por considerar que é melhor deixar o trabalho para as autoridades locais e para o contingente de Carabineiros encarregados da identificação de cadáveres.

Hoje, os primeiros três cadáveres de italianos mortos por causa do terremoto foram repatriados em um avião militar que chegou ao aeroporto de Ciampi, em Roma, recebidos por suas famílias e pelo ministro para a emigração, Mirko Tremaglia.

Enquanto isso, o número de portugueses desaparecidos devido ao maremoto diminuiu para oito, segundo anunciou hoje o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores de Portugal, Antônio Carneiro.

Carneiro disse que as autoridades do país já consideram essas pessoas mortas. De acordo com ele, esse número é menor do que a estimativa anterior, de 11 desaparecidos, porque três cidadãos portugueses foram localizados vivos nas últimas horas.

As autoridades informaram que 230 portugueses estavam em algum dos países afetados pelo maremoto.