Do Norte para o Sul, jovens refugiados tentam sobreviver
Eles vestem jeans, andam com aparelhos de MP3 ao peito e se parecem com os típicos jovens sul-coreanos. Mas não! Fugidos da comunista Coréia do Norte, milhares de jovens refugiados têm inundado a Coréia do Sul nesses últimos anos. Em 2004, por exemplo, oficialmente foram quase dois mil, sem contar aqueles que se mantém na clandestinidade.
Todos passam por um processo inicial de inserção na sociedade capitalista. Processo que se prolonga por três meses, depois do qual são integrados à sociedade. O processo não é nada fácil. Afinal, a maior parte enfrentou situações de fome, miséria e opressão, e sabem muito bem o que é viver com o mínimo indispensável, ou menos ainda, se é possível. Ao chegarem ao Sul, deparam-se com uma sociedade altamente sofisticada e tecnologicamente avançada, ou seja, passam a viver num mundo completamente estranho.
Entre os refugiados mais jovens, muitos são os que freqüentam a escola. Porém, o número de crianças e jovens que abandonam ou são expulsos da escola é de quase 50 por cento. Um resultado embaraçoso para o governo sul-coreano, cioso em dar respostas para todos os problemas. Como as autoridades vêm enfrentando dificuldades para solucionar o problema, várias entidades privadas, sobretudo as Igrejas protestantes, tentam dar uma resposta, com a abertura de escolas dedicadas especificamente a crianças e jovens norte-coreanos.
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