Presos italianos beneficiados pelo indulto reincidem e voltam para a cadeia
Festejada por alguns e criticada por outros, a polêmica lei do indulto, recentemente aprovada pela Câmara e pelo Senado, e depois sancionada pelo presidente da República da Itália, já foi testada na prática em sua primeira semana de vigência: poucas horas depois de terem sido libertados, ao menos três presos voltaram à cadeia novamente por tentativa de roubo, violência e resistência à autoridade.
Os episódios, no entanto, não preocuparam o ministro da Justiça, Clemente Mastella, para quem se tratam de ocorrências normais o que se verificou com dois infratores que saíram da prisão de Macomer e outro de Genova. Afinal, até esta sexta-feira (04), já haviam sido liberados cinco mil presos de 200 casas de detenção. O objetivo é liberar 20 mil nos próximos dois anos. Segundo o ministro, uma solicitação está sendo feita aos que estão saindo da cadeia: sejam responsáveis.
A lei que entrou em vigor na Itália possibilita a redução de até três anos para quem cometeu crimes antes de maio deste ano, incluindo-se responsáveis por homicídios, roubos e crimes financeiros. Há, porém, muitas restrições, a começar para aqueles envolvidos com crimes de terrorismo, tráfico de drogas, crimes sexuais e envolvimento com a máfia. Juizes que participaram de operações como a das Mãos Limpas reagiram contra o indulto.
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