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Viva Toscanini: o maior de todos em todos os tempos

Nesta semana, completou-se meio século da morte daquele que é considerado por muitos o maior maestro de todos os tempos: o italiano Arturo Toscanini, cujo destino artístico está intimamente relacionado ao Brasil. Afinal, foi em 1886, no Rio de Janeiro, que ao substituir um regente que fora vaiado, regeu uma Aida, sem partitura,  de forma tão magnífica que foi aplaudido estrepitosamente pelo público e ganhou fama internacional, com os jornais do mundo inteiro noticiando o inusitado acontecimento.

Natural de Parma, onde nasceu em 25 de março de 1867, filho de  Cláudio, corista e alfaiate, e de  Paola Montani, Toscanini  aos 11 anos, já revelando toda a sua intensa relação com a música, obtém uma vaga gratuita na escola de violoncelo do professor Carini, no conservatório de Parma. Em 1885, deixa o estabelecimento diplomado com louvor. Na verdade, um ano antes já era chamado de gênio.

Em 1883, com dezoito anos, presta uma audição em La Scala de Milão, perante um comitê de seleção pouco interessado. Acusado de falta de respeito, perde a oportunidade, mas conquista a admiração do empresário Claudio Rossi, que o contrata como primeiro “cellista”.

O primeiro compromisso do grupo de Rossi na cidade do Rio de Janeiro estava marcado para o dia 30 de junho, quando seria apresentada a ópera “Aida”. Horas antes do espetáculo, Leopoldo Miguez, o músico brasileiro que regeria,  rompe com o empresário e deixa a companhia. Rossi tenta solucionar o problema designando como regente substituto o maestro Carlo Superti. Este não dominava a partitura da ópera, pois nunca havia regido a “Aida”.  Após os primeiros compassos da abertura, a audiência enfurecida pela substituição de Miguez irrompeu em vaias, obrigando Superti a interromper o espetáculo.

A situação complicou-se para o empresário Rossi. O que fazer? Cancelar o programa? Pedir desculpas ao público e chamar Miguez? Foi então que um dos músicos apresentou uma sugestão: “Deixem o jovem cellista assumir a regência. Ele passou a travessia do Atlântico ensaiando os cantores e o coro, demonstrando um conhecimento profundo da partitura e do libreto”. E foi assim que Toscanini subiu ao pódio para reger pela primeira vez em sua vida. A performance da “Aida” foi primorosa e marcou o início da trajetório do maior mestre do século XX.

Grande parte da fama que conquistou deveu-se à sua direção das óperas de Wagner e Verdi, tanto como primeiro-maestro do Scala de Milão (a partir de 1898), como à frente da New York Metropolitan Opera (1908-1915). A partir de 1929, dedicou-se especialmente ao repertório sinfônico, assumindo a direção da Filarmônica de Nova York, até 1936. Adversário do fascismo italiano, permaneceu em Nova York, onde se apresentou em concertos semanais à frente da Orquestra Sinfônica da NBC, criada especialmente para ele, e com a qual efetuou diversas gravações. Toscanini exigiu sempre uma absoluta precisão e fidelidade à partitura. Interpretou diversas óperas como La Bohème (1896) ou Turandot (1926) de Giacomo Puccini, e também se interessou pela música contemporânea. Trabalhou com Duke Ellington na suíte Harlem para orquestra sinfônica e banda de jazz.

Segundo Arthur Torelly Franco, Toscanini era o que podemos chamar de maestro elegante. Extremamente controlado durante as performances, dizia que sua tarefa era auxiliar a orquestra a criar a música, e mantê-la viva até o final do espetáculo. Sua maneira de passar sinais ou senhas para determinados músicos ou seções da orquestra era feita através de simples olhares ou gestos discretos executados com seu dedo indicador esquerdo. Com o braço direito executava movimentos amplos e claros, evitando golpes rápidos com a batuta.

Diversos eventos e atividades lembrarão a data por toda a Itália, especialmente na região de Emilia Romagna e na cidade de Parma. 

Senso critico

Direttore d'orchestra, nato a Parma, in Borgo Rodolfo Tanzi, il 25 marzo 1867 e morto a Riverdale, presso Nuova York, il 16 gennaio 1957. Arturo Toscanini nasce da Claudio e da Paola Montani; il padre, sarto e corista, è un acceso garibaldino e, appena può segue l'eroe; il piccolo Toscanini trascorre così buona parte dell'infanzia con i nonni materni. A 11 anni ama già la musica e ottiene un posto gratuito nella scuola di violoncello del Prof.Carini al conservatorio di Parma.

Nel 1884 suona nel "Lohengrin" e i compagni di scuola lo chiamano già "genio" (ma anche forbicione per il suo acuto senso critico); nel 1885 esce dal conservatoriodiplomato con lode distinta: la biblioteca della scuola conserva ancora tre sue partiture per orchestra e una romanza per canto e piano.

L'anno dopo è a S.Paolo del Brasile e a Rio, ove suona nell'orchestra dell'impresa Claudio Bianchi: contestato dagli orchestrali il direttore Miguez, Toscanini sale sul podio ed è un trionfo con "Aida", "Rigoletto", "Trovatore" e "Faust".

Il pubblico è conquistato e l'imperatore del Brasile gli manda un prezioso dono. Tornato in Italia nel 1887 suona il violoncello in orchestra alla prima di "Otello" alla Scala, ma risale presto sul podio: nel 1892 dirige "Wally" e "I Pagliacci" a Milano e "Cristoforo Colombo" a Genova (dopo aver studiato l'opera in una sola notte); nel 1895 a Torino dirige "Tristano" e "Il crepuscolo degli dei".

Passa alla Scala quale direttore di concerti e nel 1896 è a Torino con "Boheme" e al Metropolitan di Nuova York con "Fanciulla del West" (interpretata da Caruso). Nel 1898 entra alla Scala come direttore artistico e maestro principale, ma anche Torino lo richiama, per affidargli la direzione dei 43 concerti, con repertorio vastissimo, dell'Esposizione internazionale da maggio a ottobre.

Il 26 febbraio 1902, per la traslazione delle salme di Verdi e della Strepponi, dirige 900 voci nel coro del "Va pensiero", che non compariva alla Scala da vent'anni. L'anno dopo è a Buenos Aires: si batte affinchè venga eliminato il ballo durante le rappresentazioni e non vuole che si chiedano i bis. E' di nuovo a Torino nel 1905 , con "Sigfrido" e nel 1906 con "Salomè". Dal 1908 al 1914 dirige il Metropolitan e il suo repertorio si arricchisce; nel 1913 dirige "Flastaff" e "Traviata" nel piccolo teatro di Busseto per il centenario verdiano.

Scoppia la guerra e Toscanini è interventista: si spinge con una banda militare quasi in prima linea. Nel 1918 fa ancora beneficenza per la guerra e nel 1920 dirige un'orchestra italiana in un giro di concerti negli Stati Uniti. Al suo ritorno , nasce l'Ente autonomo Teatro alla Scala di Milano. Dopo un anno di lavoro organizzativo, presenta "Falstaff", "Boris Gudinov", "Mefistofele" con Pertile, "Debora e Jaele" di Pizzetti, "Belfagor" di Respighi. "Il Nerone di Boito" fa incassare ben 827 mila lire. Toscanini è quindi in Svizzera con l'orchestra della Scala; con il complesso della Scala va Vienna e a Berlino, quindi torna negli Stati Uniti, a capo della Filarmonica di Nuova York, con la quale viene in Europa nel maggio 1930. L'università di Georgetown gli conferisce la Laurea honoris causa. Finita la guerra, la Scala lo richiama, dopo la ricostruzione del teatro semidistrutto dai bombardamenti: dirige il terzo atto della "Manon" e il prologo del "Mefistofele", il coro del "Nabucco" e il "Te deum". Si dedica alla revisione e sistemazione di tutte le sue incisioni e si spegne nel 1957.