Argentina viola liberdade religiosa, diz Vaticano
O Vaticano declarou, neste sábado, que a Argentina corre risco de "violar a liberdade religiosa". A iniciativa foi uma resposta ao presidente Néstor Kirchner que demitiu um bispo que trabalhava para o Exército.
O bispo Antonio Baseotto afirmou que o ministro da Saúde deveria ser jogado no mar com uma pedra amarrada no pescoço por sugerir que o país descriminalize o aborto. Kirchner demitiu Baseotto do seu posto do Exército na sexta-feira.
O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, numa atitude bastante incomum, condenou a decisão do presidente argentino, antes mesmo de receber uma confirmação oficial da demissão.
"Se o ministério pastoral de um bispo que foi nomeado legitimamente pelo Vaticano é impedido, nos encontramos enfrentados por uma violação da liberdade religiosa", disse Navarro-Valls em um comunicado.
Em janeiro, o Papa João Paulo II criou um desconforto com o governo da Espanha ao dizer que teme pela liberdade religiosa no país, que aprovou leis de permissão do casamento gay e diminuiu as restrições ao divórcio e ao aborto.
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