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CGIE manifesta preocupação com tensões na Venezuela

O Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE) informa que acompanha com apreensão a evolução da situação na Venezuela, deflagrada após as eleições presidenciais de 28 de julho. Em nota, a entidade declara-se "fortemente preocupada" e diz esperar  que seja alcançada uma solução negociada para a crise, que respeite a vontade popular.

"Neste momento crítico, é importante que o Governo italiano dê prioridade à proteção da grande comunidade italiana residente no país, tomando prontamente medidas extraordinárias" - afirma o texto.

Leia aqui a íntegra do comunicado

Ítalo-venezuelanos perseguidos pelo regime Maduro

O medo cresce na Venezuela, onde a perseguição a opositores, por parte da ditadura de Nicolás Maduro, não poupa nem mesmo cidadãos italianos que vivem no país há décadas. Os dois últimos casos sob os holofotes das autoridades italianas, em meio à repressão no país após as eleições presidenciais de 28 de julho, dizem respeito a dois ítalo-venezuelanos de origem siciliana.

Rita Capriti, originária da Província de Messina, membro do partido da oposição 'Primero Justicia', foi detida pelas autoridades venezuelanas na noite entre 1 e 2 de agosto e desde então está detida na prisão de Caña de Azucar, em Maracay Ela é acusada de incitar ao ódio, ao terrorismo e de resistir a um funcionário público.

Antonio Calvino, oriundo de Siracusa, opositor do governo, está desaparecido na Venezuela desde o dia 9 de agosto. O caso foi denunciado pelo deputado Andrea Di Giuseppe, do partido de direita Irmãos da Itália (FdI), após um alerta do Comitê-Geral dos Italianos no Exterior (CGIE) no país latino-americano.   

Mais de 2 mil pessoas foram presas pelo regime de Nicolás Maduro depois das eleições, incluindo muitos ítalo-venezuelanos - o país abriga uma das maiores comunidades italianas no mundo, com cerca de 160 mil pessoas.