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Detidos doze suspeitos de ter ajudado terroristas do Sinai

A polícia egípcia está interrogando doze pessoas, a maioria beduínos, por sua possível vinculação com a cadeia de atentados que manchou de sangue a península do Sinai na quinta-feira, informou hoje o jornal governista Al-Ahram.

O diário afirma que os beduínos foram detidos horas depois das explosões, assim que a "investigação preliminar revelou que os carros-bomba tinham sido preparados em uma zona próxima aos três locais atingidos pelos atentados", que mataram 34 pessoas.

Fontes de segurança que pediram para permanecer no anonimato indicaram, por sua vez, que os beduínos foram presos sob a suspeita de terem ajudado os terroristas a conseguir a dinamite, que procederia das minas do Sinai. Esta informação não foi confirmada por meios oficiais, que também guardam silêncio sobre as nacionalidades dos suspeitos detidos.

O ministro do Turismo egípcio, Ahmed al-Magrebi, reiterou hoje que ainda é muito cedo para falar de que foram os supostos autores do massacre. O Egito admitiu que se tratava de um atentado terrorista após 24 horas, enquanto Israel os vinculou desde o início à rede terrorista internacional Al-Qaeda.

Até o momento, três grupos fundamentalistas islâmicos assumiram a autoria em comunicados divulgados através da internet, mas nem as autoridades egípcias nem as israelenses lhes deram crédito. Al-Adli ressaltou que o Egito não permitirá o ressurgimento da violência terrorista, que durante a década de noventa ensangüentou o país.

Como primeira conseqüência, as autoridades egípcias extremaram as medidas de segurança e blindaram os acessos ao Sinai, salpicado por dezenas de postos de controle. A Direção de Segurança do Cairo elevou o estado de alerta e intensificou o dispositivo de segurança em torno da embaixada de Israel e de outras representações diplomáticas, além de hotéis e zonas monumentais.

Uma fonte de segurança, citada pelo Al Ahram, disse que o plano inclui um ostensivo aumentou do número de policiais nesses lugares e a estrita inspeção dos carros estacionados em suas proximidades. O ministério do Interior também reforçou as medidas de segurança no Alto Egito, especialmente em hotéis, aeroportos e lugares arqueológicos.