Segunda-feira, 9 de fevereiro, 20h10min: morre Eluana
20h10min desta segunda-feira (09), clínica La Quiete, Udine, região de Friulia Venezia Giulia, Itália. Depois de três dias sem receber alimentação, o drama da italiana Eluana Englaro, 38 anos, dos quais os últimos 17 vivendo em estado vegetativo, acabou. Nesse horário, de forma oficialmente, a filha de Beppino Englaro, morreu como resultado da interrupção do tratamento que a mantinha viva. Apesar das tentativas do Governo e das ameaças de excomunhão, feitas pelo arcebispo Albert Malcolm Ranjith, secretário da Congregação para o Culto Divino, contra quem interviesse no caso.
O sofrimento de Eluana foi interrompido em definitivo exatamente no momento em que o Senado italiano debatia uma proposta que, se aprovada, impediria o corte da alimentação e da hidratação em pacientes em estado terminal. Restou aos senadores, ao tomarem conhecimento da notícia, fazer um minuto de silêncio. Mas senadores de centro-direita, assim como neurologistas, pediram uma investigação sobre a morte de Eluana, além de reivindicarem o fechamento da clínica que aceitou acolher Eluana.
Há anos lutando para que o drama da filha tivesse um fim, Beppino Englaro não quis fazer nenhum comentário ao ser informado da morte de Eluana, pedindo apenas para ficar só. A luta de Beppino, como é mais conhecido, tornou-se pública no ano de 2000, quando enviou cartas ao presidente Carlo Ciampi, ao presidente do Conselho de Ministro, Giuliano Amato e ao ministro da Saúde, Umberto Veronesi, apelando para que fosse concedido o direito de a sua filha parar de sofrer.
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