Embrapa vai integrar a Rede Internacional de Vinho e Cultura da Unesco
A fundadora e presidente da Rede Internacional Vinho e Cultura da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Jocélyne Pérard, uma das maiores autoridades em climatologia vitícola mundial, esteve na Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves-RS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para estabelecer novas parcerias para a primeira e única cátedra apoiada pela Unesco.
Além da parceria de cooperação científica entre a Rede Internacional e a Embrapa, Tonietto acompanhou a pesquisadora em visitas à Universidade de Caxias do Sul e à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, também potenciais parceiros do projeto.
O principal objetivo da Rede, coordenada por Jocélyne, é fomentar a cultura do vinho, desde aspectos técnico-científicos, como culturais, de patrimônio e até áreas inovadoras, como o imaginário do vinho, que estuda aspectos psicológicos responsáveis por influenciar, por exemplo, o consumidor na hora da escolha do produto. Atualmente, a Rede conta com a parceria de várias instituições de pesquisa e Universidades, como a Universidade da Califórnia (Estados Unidos), Universidade Católica de Santiago (Chile) e Universidade de Stellenbosch (África do Sul), mas nenhuma instituição brasileira.
A cátedra conta com um programa baseado no relacionamento em rede internacional de educação envolvendo a vitivinicultura, para promoção da cultura do vinho através de cooperação científica internacional, cursos, pesquisas multidisciplinares internacionais para comparar conceitos e heranças culturais e incentivar a conscientização científica e técnica.
A pesquisadora francesa destaca que a Rede poderá apoiar a divulgação do vinho brasileiro. Segundo Jocélyne, o melhor guia de viagem francês, referência no mínimo recomendável para quem quer conhecer o Brasil, não cita nenhuma palavra sequer sobre os vinhos nacionais, incluindo a Serra Gaúcha. Precisamos mudar esta cultura. Os estrangeiros precisam saber que a viticultura brasileira existe e que é importante. O Brasil não é só samba, Amazônia ou candomblé. É necessário fazer um trabalho de divulgação mais amplo e, com certeza, a Rede poderá auxiliar nisso, comentou.
Para conhecer mais sobre a Rede de Interação de Vinho e Cultura acesse: http://www.u-bourgogne.fr/chaireunesco-vinetculture/.
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