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Europol adverte sobre risco de ataques na Europa

O diretor interino da Europol, o espanhol Mariano Simancas, advertiu, nesta quarta-feira, na comissão parlamentar que investiga os atentados de Madri no dia 11 de março que persiste o risco de terrorismo islâmico na Espanha, assim como no Reino Unido, Itália, Polônia e França.

"Persiste o risco de terrorismo islâmico na Espanha, independente do resultado eleitoral do mês de março, e além da Espanha, os países europeus mais ameaçados são Reino Unido, Itália e Polônia, todos com tropas no Iraque, e também na França, por outros motivos", afirmou Simancas na comissão.

"Nós estamos enfrentando um problema muito sério durante muito tempo, pois até mesmo se a Al-Qaeda fosse desarticulada, as células continuariam existindo", sublinhou Simancas em sua declaração.

O diretor interino desta Agência Européia, criada em 1999, explicou que "as células islâmicas não são ativistas que se instalam em um país concreto, mas que vivem aí e em muitos casos legalmente. Não se trata só de um extremismo religioso, mas de outros fatores como uma situação trabalhista de marginalidade. E na união Européia temos 15 milhões de imigrantes com estas conotações".

A maior parte destes grupos também "se move nos micro-empréstimos. Tem autonomia na hora de fazerem empréstimo, o que leva conexões com a delinqüência comum".

Simancas também assinalou que Europol não encontrou "nenhum indício nem prova" de conexões entre o grupo armado separatista basco ETA e os islâmicos terroristas que atentaram em Madri no dia 11 de março.

Negou também que tivesse imprevisão antes dos atentados pois "a Espanha sabia perfeitamente qual era o problema e tomou as medidas que tinha para tomar. É impossível prevenir 100% os atentados", disse.