Porta (PD): Carta aberta ao Presidente da República Sergio Mattarella
Por Fabio Porta
Caro senhor presidente,
no dia 15 de janeiro, muitos italianos, 1.500 pessoas, segundo um mapa articulado realizado pela embaixada italiana em Brasília, foram surpreendidos por uma portaria que bloqueou todos os voos que chegavam do Brasil, a partir de 16 de janeiro, ou seja, sem ter tempo de se programar. Não são previstas exceções, diz o texto. Desta forma, todos os cidadãos italianos e residentes na Itália que a partir daquele momento se encontravam no Brasil estão bloqueados, impedidos de retornar para o próprio domicílio.
A portaria em questão, renovada em 30 de janeiro, mais uma vez sem exceção, vai contra as diretrizes da União Europeia, viola a constituição italiana e o artigo 13 dos direitos humanos universais: todo cidadão tem o direito de retornar ao seu país.
Infelizmente para os italianos não é possível fazer previsão de retorno, eles estão abandonados no Brasil, sem ajuda, pois a embaixada e os consulados, quando respondem, dizem que não podem fazer mais nada. Alguns casos são até graves: crianças que correm o risco de perder o ano escolar, famílias separadas, pessoas com doenças que precisam de medicamentos específicos e tratamento médico, pessoas ameaçadas de demissão se não voltarem ao trabalho.
Deixar essas pessoas, algumas em situações difíceis, em um país com alto risco de contágio é um abandono cruel. No Brasil, eles realmente correm o risco de se infectar e, em seguida, morrer sob a negligência médica que agrava as condições do país.
O que estes cidadãos pedem é poder regressar às suas casas, seguindo as medidas de segurança adequadas para garantir a segurança dos outros, mas também de si próprios.
Sem encontrar ajuda em lugar nenhum, eles implementaram iniciativas próprias, como grupo no Facebook, petição online, flash bob e hashtags.
O objetivo principal do grupo é obter do Ministro da Saúde Roberto Speranza uma exceção ao despacho por ele emitido que permita que os cidadãos italianos residentes na Itália, que já se encontram em território brasileiro, possam voltar para casa, com a obrigação de teste e quarentena, como outros estados europeus fizeram com seus cidadãos. O grupo de forma alguma quer ser um espaço para conceber alternativas ilegais de retorno e este é um valor inegociável. O grupo acredita nos valores constitucionais (art. 16) e no valor dos direitos humanos (art.13) e visa ter uma solução rápida e legal para todos.
Italianos presos no Brasil
#italianibloccatiinbrasile
Fabio Porta é sociólogo, coordenador do partido italiano Partito Democratico (PD), na América do Sul. Foi deputado por duas vezes, no Parlamento Italiano, representando os cidadãos italianos residentes na América do Sul. Preside o Patronato Ital-UIL Brasil (São Paulo - Brasil) e a Associazione Amicizia Italia-Brasile (Roma – Itália); é vice-presidente do Istituto per la Cooperazione con Paesi Esteri - ICPE (Bari – Itália) e da Associação Focus Europe (Londres – Reino Unido). É autor de numerosos artigos e publicações, em jornais italianos e estrangeiros.
Lettera aperta al presidente della repubblica Sergio Mattarella
Di Fabio Porta
Egregio Signore Presidente,
il 15 gennaio molti italiani, 1500 persone da quanto risulta da una mappa articolata effettuata dall ‘ambasciata italiana in Brasilia. sono stati sorpresi da un’ordinanza ministeriale che bloccava tutti i voli che arrivassero dal Brasile a partire dal 16 gennaio, ovvero senza aver il tempo di programmarsi. Non sono previste eccezioni, dice il testo. In questo modo tutti i cittadini italiani e residenti in Italia che da quel momento si trovavano in Brasile sono ancora lì bloccati, impediti di rientrare presso il proprio domicilio.
L’ordinanza in questione, rinnovata il 30 gennaio, sempre senza eccezioni, va contro le linee guida dell’Unione Europea, viola la costituzione italiana e l’artico 13 de diritti umani universali: ogni cittadino ha il diritto di ritornare al proprio paese.
Purtroppo per gli italiani non si può fare una previsione di rientro, sono abbandonati in Brasile, senza assistenza, dato che l’ambasciata e i consolati dicono, quando rispondono, di non poter fare altro. Alcuni casi sono anche gravi: bambini che rischiano di perdere l’anno scolastico, famiglie separate, persone affette da malattie che hanno bisogno di farmaci specifici e cure mediche, persone minacciate di essere licenziate se non tornano al lavoro.
Lasciare queste persone, alcune in situazione di disagio, in un paese ad altro rischio contagio è un abbandono crudele. In Brasile rischiano effettivamente di contagiarsi e poi di dover perire sotto la malasanità che aggrava le condizioni di questo paese.
Quello che questi cittadini chiedono è di poter fare rientro presso il proprio domicilio, seguendo le misure di sicurezza adeguate per garantire la sicurezza agli altri ma anche a se stessi.
Senza trovare aiuto da nessuna parte, hanno messo in atto iniziative per conto proprio, come gruppo Facebook, petizione on line, flash bob e hashtags.
L’obiettivo principale del gruppo è quello di ottenere dal Ministro della Salute Roberto Speranza un’eccezione all’ordinanza emessa da lui che permetta ai cittadini italiani residenti in Italia che ora si trovano in territorio brasiliano di poter rientrare a casa in sicurezza, con obbligo di tampone e quarantena, come hanno fatto gli altri stati europei con i propri cittadini. Il gruppo non vuole in nessun modo essere spazio per escogitare alternative illegali di rientro e questo è un valore non negoziabile. Il gruppo crede nei valori costituzionali (art. 16) e nella valenza dei diritti umani (art.
13) e punta ad avere una soluzione rapida e legale per tutti.
Italiani bloccati in Brasile
#italianibloccatiinbrasile
Fabio Porta è sociologo, Coordinatore del Partito Democratico (DP) in Sud America, due volte deputato, eletto dalla Circoscrizione straniera al Parlamento italiano. Autore di numerose pubblicazioni e articoli per giornali italiani e stranieri, è Presidente del Patronato Ital-UIL del Brasile e dell’Associazione di Amicizia Italia-Brasile; Vice Presidente dell’ICPE (Istituto per la Cooperazione con i Paesi Esteri) e Vice Presidente dell’Associazione Focus Europe.
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