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Governador da Toscana manteve encontro com o presidente Lula

Único presidente (cargo equivalente ao de governador) de região italiana presente à cerimônia de posse de Luís Inácio Lula da Silva em 1° de janeiro de 2003, Claudio Martini, responsável pelo governo da Toscana, retornou ao País em visita oficial de dois dias. Ontem (01), em São Paulo, Martini manteve encontros e, nesta quinta, à tarde. foi recebido pelo presidente da República e pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan.

Conhecido por sua capacidade de estabelecer relações com países em desenvolvimento, Martini veio ao Brasil para implementar programas de intercâmbio cultural entre a Toscana e o Brasil e estimular novos negócios das empresas daquela região italiana com o País, além de encontrar-se com a comunidade de toscanos e descendentes, em especial a lucchese (oriundos da Província de Lucca), residentes em São Paulo.

Nascido em Tunis, capital da Tunísia, em 1951, Martini é o primeiro presidente de região nato fora da Itália. Quando estudante, apaixonou-se pela política. Foi eleito pela primeira vez para o governo toscano em 2000, com 49,35% dos votos, e reconduzido ao cargo em 2005, com 57,6%.

Martini é notório pelo empenho por uma globalização com rosto humano, que leve em consideração desafios da ecologia, justiça social e ética, sendo o único presidente de região italiana a participar das manifestações “new global” organizadas por ocasião do G8 na cidade de Gênova, Itália, em 2001.

O presidente toscano é, desde 2000, membro do Comitê das Regiões da União Européia e, desde 2002, é integrante efetivo da Presidência do Partido Socialista Europeu e lidera a Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas, que agrupa 150 regiões européias que se encontram em áreas ao longo do mar. No âmbito da política comunitária, defende que a União Européia adote o papel de potência civil, contribuindo para a paz e segurança sem a necessidade de constituir uma força militar do Velho Continente. 

Martini publicou nos últimos quatro anos três livros: “Un Nuovo Mondo Globale da New York a San Rossore” (“Um Mundo Global de Nova York a San Rossore”, de 2002), “Capaci di Sognare. Riflessioni sul Nuovo Pacifismo” (“Capazes de Sonhar. Reflexões sobre o Novo Pacifismo”, 2003) e “Cambiare Aria al Mondo. La Sfida dei Mutamenti Climatici” (“Mudança de Ar no Mundo. O Desafio das Alterações Climáticas”, 2005), nos quais trata de temas relacionados à globalização, pacifismo e meio ambiente.