Papa condena lucros e doping no mundo esportivo

Ante essa situação, o Papa disse que é obrigação dos desportistas e de todos os relacionados com o esporte vivê-lo com visão cristã, "o que permitirá relações mais profundas e favorecerá a construção de um mundo mais sereno e solidário".

O Pontífice fez estas manifestações ante milhares de desportistas italianos, aos que recebeu no Salão Paulo VI por causa do 60º aniversário da fundação do "Centro Sportivo Italiano".

"O atual sistema do esporte parece condicionado pela lógica do lucro, do espetáculo, do doping, da competição exasperada e de episódios de violência", afirmou o Bispo de Roma, que advogou para que os desportistas o pratiquem "com lealdade e um espírito competitivo são".

Essa lealdade e esse espírito competitivo ajudará -disse o Papa- a enfrentar "a comprometedora competição da vida" com coragem, honestidade, alegria e confiança no futuro.

Papa Wojtyla ressaltou que os centros esportivos devem funcionar como autênticas escolas de formação humana e animou às sociedades esportivas a que cultivem nos atletas os valores da vida.

Esses valores, ressaltou, são o amor pela verdade e a justiça, o gosto pela beleza e a bondade e a busca da autêntica liberdade e paz.

Esta é a segunda vez em dois dias que o Papa denuncia a "lógica do lucro" no esporte.

João Paulo II destacou que a prática correta do esporte deve estar acompanhada pelo temperamento e educação à renúncia e exortou "encarecidamente" a promover um esporte que tutele os fracos e não exclua ninguém.

Um esporte -acrescentou- que libere os jovens do risco da apatia e da indiferença e suscite nele um espírito de competição são.

Ele também advogou para que seja um fator de emancipação dos países pobres.