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Ricordando: Giorni di nostalgia - O adeus a Riz Ortolani

Dias de pesar têm passado os amantes do gênero "Western-spaghetti"... Há seis anos, em 23 de janeiro de 2014, foi a vez do compositor Riz (Riziero) Ortolani, aos 87 anos, vítima de complicações derivadas de uma bronquite (em Roma). O maestro, grande amante de jazz, recebera um Grammy em 1963 pelo tema "More", do filme "Mondo Cane", de Gualtiero Jacopetti, Paolo Cavara e Franco Prosperi.

Aliás, foram mais de duzentas trilhas sonoras, com maior destaque (além de "Mondo Cane") para as de "Il Sorpasso" (Dino Risi), "O Cangaceiro" (Giovanni Fago), "Irmão Sol, Irmã Lua" (Franco Zeffirelli), e "Holocausto Canibal" (Ruggero Deodato). Suas últimas participações incluem os filmes “Kill Bill” – volumes I e II, “Bastardos Inglórios” e “Django Livre”, todos de Quentin Tarantino.

Este último, uma bem-sucedida retomada do "Western-spaghetti". Ainda que em muito associado às produções “mondo”, e aos faroestes alemães, o compositor e maestro da comuna de Pesaro também foi um símbolo do bang-bang à italiana ("I Giorni dell'Ira", "Tutti fratelli nel west... per parte di padre", etc.), sendo considerado o segundo na linha encabeçada por Ennio Morricone. Em 2013, Ortolani chegou a receber o prêmio "Lifetime Achievement Award" da Academia Mundial de Trilha-Sonora.

Vai o artista, fica a obra, assim como sua fundação para jovens compositores, a “Riz Ortolani Foundation”, em Pesaro. 

Prof.Átila Soares da Costa Filho 
asoarescf@zipmail.com.br

Átila Soares da Costa Filho é pesquisador e autor, especialista em História, Filosofia e Sociologia.