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Deputados italianos aprovam continuidade de militares no Iraque

A Câmara dos Deputados italiana aprovou, na última quinta-feira, um projeto de lei que prorroga por seis meses a presença do contingente militar italiano no Iraque.

O texto, que agora irá para o Senado para a sua aprovação definitiva, recebeu 283 votos a favor, 207 contra e três abstenções.

Para a aprovação, foi decisivo o apoio dos deputados da Casa da Liberdade, coalizão de centro-direita liderada pelo chefe de governo, Silvio Berlusconi, que são a favor da continuação das tropas italianas em Nassiriya, sul do Iraque.

Os soldados italianos estão comprometidos em levar ajuda à população e fazer com que a democracia cresça, afirmam os aliados. Já os deputados da oposição, com exceção do partido Udeur, votaram contra a missão no Iraque, chamada de "Antiga Babilônia", composta por cerca de três mil soldados.

Os parlamentares da oposição pediram a retirada do contingente militar porque, ficar no Iraque, "é um erro grave, imperdoável, inclusive aos soldados italianos, que correm riscos cada vez maiores em uma operação de guerra infundada e unilateral", afirmou Armando Cossutta, do partido dos Comunistas italianos.

Para o líder dos Verdes, Alfonso Pecoraro Scanio, o governo de Berlusconi demonstra uma árdua hipocrisia: pelo menos os Estados Unidos e a Grã-Bretanha tem a coragem de dizer que estão em guerra, e correm riscos de perder votos. O governo italiano se limitar a dizer que estão no Iraque apenas para dar comida a crianças".

Ao expressar sua posição contra o prolongamento da missão durante outros seis meses, Sergio Mattarella, ex-ministro de Defesa do governo de centro-esquerda, garantiu que a guerra no Iraque foi equivocada, e é um multiplicador do fundamentalismo no mundo todo.

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