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UE: Economizar energia agora para não sofrer depois

"A economia preventiva - não só a indústria, mas também as famílias podem mudar de comportamento - significa que poderíamos evitar desabastecimentos no inverno e uma situação em que será necessário reduzir alguns setores industriais". A afirmação foi feita pela comissária de energia da União Europeia, Kadri Simson, em uma entrevista à Bloomberg TV.

"Não se trata apenas de baixar a temperatura" do ar condicionado, mas de "dar prioridade a atividades que permitam poupar energia", explicou Simson, segundo a qual a interrupção total do gás por Moscou tornaria "difícil" encher as instalações de armezanamento de gás até o limite exigido de 80%, até o início de novembro. 

A UE está em alerta máximo sobre reduções prolongadas no fornecimento de gás russo, enquanto o principal gasoduto Nord Stream 1 passa por manutenção anual. O temor é que essa ligação crucial de gás não seja reativada quando o trabalho for concluído na próxima semana, deixando a região lutando por fontes alternativas e aumentando a possibilidade de uma escassez de energia paralisante na economia ainda este ano.

O pior da crise ainda está por vir

Soma-se a essa mensagem a da Agência Internacional de Energia (AIE), que alertou que o pior da crise energética ainda pode estar por vir. A atual crise energética pode ser considerada a primeira de caráter global, segundo o diretor da AIE, Fatih Birol.

"Estamos no meio da primeira crise global de energia do mundo... e acho que talvez ainda não tenhamos visto o pior", disse Birol durante sua participação em evento realizado em Sydney (Austrália), segundo a agência Bloomberg.

Nesse sentido, o diretor turco da AIE destacou que o mundo nunca testemunhou uma crise energética "tão grande em termos de profundidade e complexidade" e reconheceu que este inverno na Europa "será muito, muito difícil", acrescentando que é uma grande preocupação que pode ter sérias implicações para a economia global.

Fonte: elEconomista.es