Fiera Milano busca novos parceiros no Brasil
O mercado de feiras brasileiro está no foco de atenção das empresas italianas do setor. A Fiera Milano, maior empresa de eventos da Itália e segunda no ranking mundial, atrás apenas de Hannover, na Alemanha, colocou o Brasil em sua pauta de negociações. A empresa quer trazer para o País uma representação do modelo de feira italiana. E não desconsidera a possibilidade de adquirir empresas brasileiras de eventos para consolidar sua posição no País.Com um pólo expositivo distribuído numa área de 348 mil m , o que eqüivale a seis pavilhões de exposição do Anhembi, em São Paulo, a Fiera Milano atende, no complexo de Milão, uma infinidade de setores: da moda à indústria mecânica, dos bens de largo consumo às tecnologias mais sofisticadas, da informática ao móvel, do cinema ao turismo, de flores a jóias. A empresa possui representação em 38 países e promove 19 grandes feiras anuais. No Brasil a Fiera Milano é representada pelo Grupo Casa.
Há três anos, a empresa definiu seu plano de internacionalização e expansão dos negócios na Itália, que contou com investimentos próprios de 750 milhões.
Os recursos visavam a ampliação do centro de exposição de Milão. Em 2005, a Fiera Milano vai inaugurar um pólo expositivo em Rho-Pero, que concentrará 26 pavilhões e 2 milhões de m. Planeja ainda novos negócios na Rússia, China, Índia, México e Brasil.
Em Cancun, no México, a Fiera Milano lançou sua franquia na área da feiras. Com a franquia, a Milano será responsável pelo projeto de um novo centro de eventos no local, além da criação de um calendário de feiras e gestão. "Agora, falta o Brasil para concluirmos nossos planos de expansão", observa Piergiacomo Ferrari, presidente da Associação das Exposições e Feiras Italianas, e administrador da Fiera Milano.
No entanto, ele afirma que quanto se trata de organização de feiras e eventos, o Brasil ainda deixa muito a desejar: sem uma estrutura que promova todas as facilidades para os expositores, o País ainda está longe de ser o destino principal de empresas do exterior, acostumadas com o modelo das feiras alemãs e italianas.
"Quando se fala em feira, temos que pensar numa estrutura complexa que contemple não só a exposição dos produtos, mas também a organização da infra-estrutura, desde telefones, estandes e iluminação até a promoção, divulgação, alimentação e hospedagem. Esta estrutura depende da sinergia entre diversas empresas, além de uma gestão organizada. E isto nós não temos no Brasil", diz Ferrari.
No País, a empresa vai focar suas ações em São Paulo, que já possui uma boa infra-estrutura para eventos. "Mas estamos abertos para boas oportunidades de negócios em outros lugares, tanto em parcerias com empresas brasileiras quanto na venda de nosso modelo de franquia e consultoria. E, para consolidar nossos negócios, consideramos ainda a possibilidade de adquirir empresas de eventos no País", diz Ferrari.
Segundo ele, o País tem um potencial para negócios nos setores de bens-de-consumo e turismo, mas o setor ainda tem que investir na internacionalização dos negócios e em infra-estrutura fixa.
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