Carbonara Day em São Paulo tem receita fiel ao preparo italiano
Para celebrar o Carbonara Day, São Paulo recebe, neste sábado (06/04), a terceira edição do evento, onde só é permitida a receita original do prato italiano. A promoção é da Rete Gastronomica da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo e tem por objetivo difundir a carbonara em seu modo mais autêntico, aproximando importadores, restaurantes e consumidores do sabor genuíno do prato.
Diante disso, está proibido o uso de bacon, pois ele interfere no sabor final. O ingrediente de base suína adequado é o guanciale (sendo admitida também a panceta). Outro erro comum encontrado fora da Itália é a utilização de creme de leite, quando, na verdade, a cremosidade do prato se faz com as gemas de ovos e queijo pecorino – para finalizar, pimenta-do-reino. Já o spaghetti di grano duro contempla a receita em seu modo mais original, mas versões com rigatoni ou penne também são encontradas na Itália.
Ao todo, 19 restaurantes participam da ação. São eles: Basilicata Trattoria, Bottega Bernacca, Casa Santo Antônio, Ca’d’Oro, Daje Roma, Enosteria Vino e Cucina, Foglia Forneria, La Piadina, Lido Amici Di Amici, Maremonti, Pina Restaurante, Piselli, Santo Colomba, Supra di Mauro Maia, Trattoria Fasano, Vinarium Antica Trattoria, Vinheria Percussi, Zena Caffè e Zucco Cucina.
O Carbonara Day foi instituído pela Unione Italiana Food e a International Pasta Organization e desde 2017 é celebrado em todo o mundo.
O surgimento do prato
Segundo a versão mais difundida, a pasta alla carbonara foi criada durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, pelo cozinheiro bolonhês Renato Gualandi em Riccione, na Emilia Romagna. No decorrer de um almoço para oficiais ingleses e americanos que festejavam a liberação da cidade italiana, Gualandi preparou uma massa com bacon, creme de leite, queijo, gema de ovo em pó (da provisão de alimentos dos soldados) e pimenta-do-reino.
O sucesso do prato rendeu sua contratação como chef das tropas aliadas em Roma até abril de 1945 – tempo suficiente para começar a usar os produtos da receita atual e popularizar o prato na capital italiana. No entanto, no livro do napolitano Francesco Palma, “Il Principe dei Cuochi”, publicado em 1881, existe a menção de uma receita de macarrão com queijo, ovos e banha de porco.
A origem do nome
Se a história do surgimento do prato é controversa, seu nome também o é. Na versão relacionada ao cozinheiro Gualandi, a palavra carbonara se deve à cor da pimenta-do-reino, semelhante à coloração do carvão. Outra variante sustenta que o nome carbonara teria surgido na fronteira entre Abruzzo e Lazio, pois esse seria o prato dos “carbonai” (carbonari, no dialeto romano): homens que produziam carvão (carbone) nas montanhas que separam as duas regiões. Outra curiosidade dessa lenda é que o maccheroni cacio e uova era preparado no dia anterior com guanciale no lugar do azeite, a fim de dar mais sabor. Por sua vez, a pimenta-do reino ajudava a conservar melhor a massa, que era consumida fria e com as mãos.
Quanto à receita, existem diversas em todo o mundo. Entretanto, no preparo da carbonara italiana contemporânea é consensual: o prato não leva bacon, creme de leite ou manteiga.
Serviço
Carbonara Day em São Paulo
Quando: 6 de abril de 2024, sábado
Veja aqui os restaurantes participantes