Desde o início, Francisco vem criticando a invasão

Papa diz que OTAN pode ter causado invasão da Ucrânia pela Rússia

Se um dos expoentes mais proeminentes da Nova Ordem Mundial escapa dessa maneira, o navio deve ter vazamentos tão profundos que seu naufrágio é inevitável. Cesare Sacchetti.

O Papa Francisco concedeu uma entrevista ao editor do jornal Corriere della Sera, Luciano Fontana: Sinto que antes de ir a Kiev devo ir a Moscou. "O que está claro é que naquela terra estão sendo testadas novas armas. É por isso que são feitas guerras: para testar as armas que produzimos".

O papa Francisco disse que a OTAN "latindo" na porta da Rússia pode ter levado à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin - e disse que se ofereceu para se encontrar com o presidente russo em Moscou.

A Santa Sé pede desde meados de março um encontro entre Francisco e Putin em Moscou, disse o papa. “É claro que precisávamos que o líder do Kremlin alocasse uma janela de tempo. Ainda não tivemos nenhuma resposta e ainda estamos tentando, mesmo temendo que Putin não possa e não queira ter essa reunião neste momento”. Na entrevista, Francisco descartou ir a Kiev por enquanto: “Primeiro tenho que ir a Moscou, primeiro tenho que conhecer Putin”.

Francisco disse que cancelou uma reunião com o patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa e um dos principais apoiadores de Putin que justificou a guerra, pois ambos pensaram que seria "ambíguo" - mas em um telefonema disse que alertou Kirill para não “se transformar no coroinha de Putin”. 

Desde a invasão da Ucrânia, Francisco criticou repetidamente a invasão, evitando nomear Putin explicitamente, de acordo com a política externa do Vaticano de manter a porta aberta para um possível diálogo. (Com informações de politico.eu)