UE não descarta interrupção total de gás russo Foto: Shutterstock 

UE irá votar racionamento de gás em 15%

A União Europeia estabelecerá planos de emergência nesta quarta-feira para conter o uso de gás depois que o presidente Vladimir Putin alertou que os suprimentos russos enviados pelo maior oleoduto para a Europa, o Nord Stream 1, correm o risco de serem reduzidos. 

A Comissão Europeia propôs uma meta voluntária para todos os estados da UE reduzirem o uso de gás em 15% de agosto a março, em comparação com o consumo médio no mesmo período de 2016-2021.

A proposta permitiria que Bruxelas tornasse a meta obrigatória em uma emergência de abastecimento, se a UE declarasse um risco substancial de grave escassez de gás. 

A medida, que precisa do apoio dos estados da UE, será discutida na sexta-feira, para que os ministros possam aprová-la em uma reunião de emergência em 26 de julho.

O plano é ser um regulamento preciso e para aprová-lo, pelo menos 15 dos 27 países devem ser a favor e devem representar pelo menos 65% da população total da União. Para bloqueá-lo, portanto, bastam 4 estados, representando mais de 35% da população europeia.

Corrida contra o tempo

A Europa está correndo para encher seu estoque de gás antes do inverno e construir uma proteção caso Moscou restrinja ainda mais os suprimentos em retaliação ao apoio europeu à Ucrânia após a invasão da Rússia.

Ar condicionado com temperaturas mais altas e menos luz e gás reduzido para cozinhar já passaria a ser racionado em agosto. A Comissão Europeia apresentou o plano “Poupar gás para um inverno sem riscos”, que prevê uma série de medidas em caso de interrupção do gás russo.