UIL

Coronavírus, 12 países vetam viajantes que chegam da Itália 

Israel é um dos países que decidiram bloquear a entrada de italianos, como medida preventiva contra a disseminação do coronavírus. A lista também inclui Jordânia, Arábia Saudita, Bahrain, El Salvador, Ilhas Maurício, Turquemenistão, Iraque, Vietnã, Cabo Verde, Kuwait e Seychelles.

A relação é atualizada, constantemente, no site Viaggiare Sicuri do Ministério de Relações Exteriores da Itália. 

Saiba quais são os países com medidas preventivas e restrições de entrada

O Ministério do Interior de Israel anunciou, na quinta-feira (27), a proibição imediata da entrada no país, a todos os cidadãos não-israelenses oriundos da Itália, exceto os residentes. Os residentes deverão se submeter a uma quarentena doméstica de 14 dias. Essa é a mesma medida restritiva aplicada aos viajantes que chegam a Israel da China continental e dos territórios autônomos de Hong Kong e de Macau. O mesmo ocorre para quem regressa da Tailândia, Cingapura, Coréia do Sul e Japão. 

As autoridades do Kuwait ordenaram que qualquer pessoa que esteve na Itália, China, Hong Kong, Macau ou no Irã, nas duas semanas precedentes, terá a entrada no território negada, mesmo se na posse de um visto ou autorização de residência válidos. O país também anunciou a suspensão de todo o tráfego aéreo de ou para o Irã, Itália, Coréia do Sul e Tailândia.

As autoridades aeroportuárias de Bahrein (Golfo Pérsico), desde 27 de fevereiro, incluíram a Itália, além do Japão e do Iraque, na lista de países cuja entrada é proibida para viajantes, sem autorização de residência. Em particular, seria feita uma distinção entre turistas da Itália (proibição de entrada) e viajantes da Itália com uma autorização de residência no Bahrein.

As Ilhas Maurício (Oceano Índico) proibiram a entrada de viajantes oriundos da Lombardia, do Veneto e da Emilia Romagna; bem como viajantes da China e Coréia do Sul. Todos os cidadãos mauritanos que viajaram (ou até apenas em trânsito), nos últimos 14 dias, nestas regiões italianas, na China ou Coréia do Sul poderão entrar nas Ilhas Maurício, mas serão colocados em quarentena.

As autoridades da Arábia Saudita proibiram, temporariamente, a entrada de turistas oriundos de países com casos confirmados de coronavírus, incluindo a Itália.

Em Cabo Verde (África), o governo decidiu suspender, provisoriamente, os voos diretos fretados entre Itália e o país. 

No Turcomenistão (Ásia Central) não há visto de entrada para cidadãos de países onde foram verificados casos de infecção, incluindo a Itália, e também ocorreu a suspensão de voos com a China e a Tailândia. 

Na Alemanha, os viajantes da China, Coréia do Sul, Japão, Irã e do norte da Itália deverão comunicar seus dados e movimentos feitos, em um cartão de aterrissagem especial, a fim de que possam ser contatados, rapidamente, em caso de necessidade. 

A França está a "convidar" seus compatriotas a adiarem suas viagens, nas regiões afetadas. Os estudantes que passaram suas férias na Lombardia ou no Vêneto poderão retornar à escola, somente depois de passarem um período de quarentena de 14 dias. Aos cidadãos franceses que retornam das duas regiões italianas, nos 14 dias seguintes ao desembarque no país, é solicitado que monitorem a temperatura, duas vezes ao dia, usem máscara cirúrgica em público, reduzam atividades não essenciais (como cinema, restaurante, festas) e evitem entrar em contato com categorias sensíveis (pacientes hospitalares, gestantes, idosos).

O Ministério da Saúde da Espanha definiu o Vêneto, a Lombardia, o Piemonte e a Emília Romagna como "áreas de risco" e autoridades da Holanda ordenaram que seus cidadãos não viagem aos 11 municípios do surto, além de indicaram Roma como área de risco, assim como as regiões do norte. 

O governo da Bulgária sugeriu aos seus compatriotas que pretendem viajar para a Itália, nas áreas afetadas pelo coronavírus, que apenas o façam em caso de necessidade.

Os Estados Unidos declararam estado de emergência sanitária e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Cdc) atualizaram as dicas de viagem para a Itália para o 'Nível 2' (de três), convidando os viajantes a "terem maior cautela", em vista da epidemia de Covid -19. O presidente Donald Trump afirmou que os voos com a Itália poderão ser bloqueados, se necessário, no momento certo. A todos os cidadãos não americanos que permaneceram na China, incluindo Hong Kong e Macau, nos 14 dias anteriores à sua chegada aos EUA, a entrada no país será negada. 

A Índia desaconselhou as viagens à Itália e determinou a quarentena por 14 dias para quem visita o país, desde 10 de fevereiro. A Turquia também aconselhou seus cidadãos a não irem a áreas italianas onde ocorreram casos de contágio e a Rússia comunicou uma medida semelhante, no site da agência nacional de saúde. O Reino Unido emitiu um comunicado não recomendando “viagens não essenciais às cidades da Lombardia e do Vêneto que foram isoladas pelas autoridades italianas, devido à epidemia de coronavírus". A Inglaterra pede aos que retornam do norte da Itália que fiquem em isolamento por 14 dias. 

Catar aconselhou seus cidadãos a não viajarem para a Itália, em referência à emergência do coronavírus. A Austrália sugeriu, aos seus cidadãos, "extrema cautela", se forem para a Lombardia e Vêneto, por causa do "aumento do risco" de contrair o coronavírus. A Sérvia e a Croácia desaconselharam a viagem à Itália, devido ao número de casos de coronavírus registrados no país.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Supervisão Sanitária do Ministério da Saúde) adotou um procedimento de controle, em voos diretos que chegam da Itália, no Aeroporto Internacional de São Paolo, que prevê a presença, nas aeronaves, de inspetores da agência, com a formulação de uma série de perguntas para fins de saúde pública, em particular para a tripulação, e a leitura a bordo para os passageiros, antes do desembarque, de uma mensagem informativa que exige medidas preventivas para evitar a transmissão da doença e a necessidade de procurar atendimento médico, se ocorrerem sintomas como febre, tosse ou dificuldades respiratórias.

Na Argentina,  os passageiros que chegam da Itália precisam assinar uma autodeclaração especial, bem como permitir a verificação da temperatura corporal. (Com informações do jornal Il Gazzettino)