Jornalista italiana resgatada no Iraque deixa hospital
A jornalista italiana Giuliana Sgrena deixou, nesta quinta-feira, o Hospital Militar de Celio, em Roma, depois de passar 19 dias internada para curar ferimentos ocorridos durante sua libertação no Iraque. Sgrena ficou um mês sob poder de seqüestradores.
A jornalista de 57 anos estava desde o dia 5 de março internada no hospital, onde foi submetida a duas cirurgias depois de ser atingida por um tiro em Bagdá e de sofrer diversos problemas em seu pulmão esquerdo.
A jornalista do diário Il Manifesto foi seqüestrada em Bagdá no dia 4 de fevereiro e libertada em 4 de março. Quando era levada para o aeroporto para voltar à Itália, o carro no qual estava foi atingido por tiros disparados por soldados americanos. Além dela, o agente secreto italiano Nicola Calipari também foi atingido gravemente pelos tiros e morreu. Um segundo agente também ficou ferido.
Tanto os Estados Unidos quanto a Itália admitiram que a jornalista e os agentes foram vítimas de "fogo amigo", apesar de as partes manterem versões diferentes sobre o ocorrido. Os dois países criaram uma comissão bilateral de investigação para esclarecer o caso. Já a Procuradoria de Roma abriu um processo sobre o incidente.
O seqüestro de Sgrena mobilizou a sociedade e os políticos italianos. A cidade de Roma chegou a ser palco de uma manifestação que atraiu meio milhão de pessoas pedindo sua libertação e a saída das tropas italianas do Iraque.
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