Maestro Andrea Di Mele: um italiano quase curitibano
Que ninguém se surpreenda se o maestro italiano Andréa Di Mele de repente resolva adotar definitivamente Curitiba. Afinal, como vem ocorrendo nos últimos tempos, mais uma vez ele esteve na capital paranaense, no último final de semana, para reger a Orquestra Sinfônica do Paraná, que executou a música do norte-americano George Gershwin. E Di Mele não reluta em afirmar, alto e bom som: a Orquestra Sinfônica do Paraná se adapta de forma perfeita ao meu gestual, gerando uma energia ímpar, no momento em que executamos juntos uma obra. É uma orquestra extremamente receptiva, com músicos de excelente qualidade. Reger a OSP é sempre um grande prazer.
No próximo dia 23, o maestro italiano volta a dirigir a orquestra, com o Balé Teatro Guairá, na estréia do balé Romeu e Julieta. Todas as récitas do balé serão comandadas por Di Mele, que foi convidado pela diretoria do teatro por tratar-se de um dos maiores especialistas na música de Prokofiev.
Idealizador e diretor artístico do Italian Opera Workshop, e também o preparador e o diretor residente da Orquestra do Teatro Lírico de Tradição Marrucino di Chieti na Itália, Di Mele nasceu em 1967. Iniciou os estudos de piano aos 7 anos e sucessivamente prosseguiu os estudando de violino, diplomando-se com louvor em 1991 no Conservatório L. Dannunzio na cidade de Pescara, Abruzzo Itália . Aperfeiçoou-se com a famosa violinista russa, Nina Beilina.
A par de sua intensa atividade camerística e sinfônica, perseguiu desde muito jovem a paixão pela composição, pelas partituras sinfônicas e pela ópera italiana. O afeto e a confiança que lhe dedicou o maestro Donato Renzetti pelo ...talento natural da regência o encorajaram a estudar com o mesmo e tornou-se em 2000 o seu assistente e colaborador em inúmeras produções sinfônicas e operísticas.
Prosseguiu sua formação na prestigiosa Academia Chigiana di Siena in Itália, com o maestro Gelmetti e o maestro Ahronovitch, com os quais pode aprimorar o seu conhecimento e reger importantes óperas do grande repertório russo. Iniciou com o repertório barroco para depois dedicar-se as óperas cômicas de câmera do XVIII século. Em 1998 debutou com grande sucesso com a ópera Le Nozze di Figaro (Mozart) e Tosca (Puccini).
Apresentou-se em Itália, Israel, Espanha, Ungria, Romênia, Albania, Usa, Canadá, Brasil, no grande repertório Operístico Italiano. Em 2006/2007 concluiu uma fortunada edição do Barbiere di Siviglia de G. Rossini e uma edição do Histoire du Soldat de I. Stravinsky no tradicional Teatro Marrucino di Chieti, com notável sucesso e presença de público. Em maio de 2007 teve uma série de concertos sinfônicos com a Orquestra da Rádio de Bucareste (Romênia) e a Orquestra Sinfônica do Paraná.
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