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Itália tem 3,7 milhões de pessoas em indigência alimentar 

700 mil é o número de crianças na Itália, menores de 15 anos, que dependem do auxílio do governo para a alimentação básica, em vista do fechamento de cantinas escolares, devido à emergência do coronavírus. A informação emerge de uma projeção da Coldiretti (Confederazione Nazionale Coltivatori Diretti), principal organização agrícola do país.

Entre os novos pobres - continua Coldiretti - há as famílias daqueles que perderam seus empregos sazonais, dos pequenos comerciantes ou artesãos que tiveram que fechar suas empresas, das pessoas empregadas nos negócios não declarados que não desfrutam de subsídios especiais ou ajuda pública e não têm reservas financeiras, bem como dos muitos trabalhadores temporários. 

Segundo a entidade, pessoas e famílias que nunca experimentaram condições de vida tão problemáticas dirigem-se a centros de distribuição de alimentos e cantinas solidárias e dezenas de telefonemas chegam, diariamente, com pedidos de ajuda, porque pais e mães não sabem como alimentar seus filhos e têm vergonha de se encontrar nesse tipo de dificuldade, pela primeira vez.  O número estimado é de 3,7 milhões de pessoas que agora precisam de amparo para a alimentação – 1 milhão a mais do que em 2018.

As dificuldades são difusas em toda a península, mas os maiores problemas - observa  a Coldiretti - são registrados no sul, com 20% dos pobres na Campânia, 14% na Calábria e 11% na Sicília, mas a situação também atinge o Lazio (10%) e a Lombardia (9%). Uma emergência social sem precedentes, desde o período pós-guerra contra o qual a solidariedade foi ativada para fortalecer as intervenções alimentares para aqueles em dificuldade, alerta a organização. (Redação www.oriundi.net com Coldiretti)