Coronavírus na Itália interrompe serviços da Justiça
Uma parada de dois meses e meio para a Justiça, a mais longa decidida até agora pelo governo, com restrições aos tribunais e promotores em toda a Itália. A suspensão pode ser decidida pelo chefe do escritório judiciário e é acionada em caso de "emergências epidemiológicas certificadas".
O decreto emitido na manhã deste sábado (07), pelo Conselho de Ministros da Itália, decidiu pela suspensão por 15 dias das atividades de tribunais e promotorias, com a interrupção de audiências até 31 de maio, com algumas exceções. A AIGA (Associazione Italiana Giovani Avvocati) havia pedido ao Ministro Bonafede uma medida semelhante há duas semanas.
"O decreto-lei, aprovado pelo Conselho de Ministros, permitirá o adiamento de audiências não urgentes", explicou o ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, em entrevista coletiva, na qual explicou que a suspensão de 15 dias dos gabinetes começará primeiro e, a partir de 23 de março, o possível adiamento "audiências não urgentes” ou a possibilidade de organizá-las por videoconferência. Os escritórios onde o contágio é mais baixo poderão se organizar de maneira diferente.
O acesso será mantido apenas para casos considerados urgentes.
Foram excluídas da suspensão as audiências cautelares relativas à proteção dos direitos fundamentais da pessoa. A suspensão também não se aplica a audiências relacionadas à adoção, a menores estrangeiros não acompanhados, a menores afastados da família e a certos tipos de audiências para validar prisões ou detenções.
No mesmo decreto, há também medidas para fortalecer o Serviço Nacional de Saúde que prevê novas contratações de médicos e a possibilidade de requisitar hotéis para quarentena. (Redação www.oriundi.net)
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