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Porta (PD) no CGIE destaca temas essenciais aos italianos no exterior

Cidadania, voto no exterior e turismo de raízes requerem uma reflexão comum.

O deputado italiano Fabio Porta (PD), eleito na América do Sul, em sua intervenção na assembleia plenária do Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE), realizada em Roma, na última quarta-feira (19/06),  convidou o Conselho, na sequência da eleição do novo Secretário-Geral, a iniciar uma reflexão sobre alguns dos temas que estão no centro do relatório apresentado pelo governo, em conjunto com o Parlamento italiano.

Sobre o tema da cidadania, o parlamentar pediu a todos que tenham a máxima cautela ao lidar com uma lei que é fruto também da nossa história de emigração; uma lei que tem suas raízes numa Itália construída por italianos no exterior antes que na Itália. Segundo o deputado, a cidadania deve ser vista como uma grande oportunidade e não como um problema para um país em forte recessão demográfica que deveria se abrir às novas gerações de italianos com o 'ius culturae' e o 'ius sanguinis'. O deputado – que afirmou ter sido um dos primeiros a denunciar os fenômenos de mercantilização da cidadania – afirmou que jamais acreditou na utilidade de colocar um limite geracional à cidadania; em vez disso, disse estar disposto a discutir outros elementos capazes de valorizar aqueles que, juntamente com o vínculo de sangue, demonstram um verdadeiro apego aos valores e à cultura da comunidade italiana.

A respeito do voto no exterior, Porta reiterou que o mecanismo atual já não é sustentável, tendo sido repetidamente objeto de fraudes e enganos por parte de organizações, por vezes também ligadas ao crime organizado; neste sentido disse ser a favor de pensar numa reforma que tenha também em consideração a possibilidade de ativar mais modalidades capazes de garantir ao mesmo tempo a universalidade do voto e a sua necessária segurança e transparência.

Por fim, no que se refere ao turismo de raízes, o parlamentar do PD afirmou que sempre foi um grande apoiador do projeto, que tem como principal área de influência a América do Sul. Precisamente por esta razão, acrescentou, durante as comissões de relações exteriores e atividades produtivas, juntamente com outros colegas, apresentou uma resolução voltada a individuar alguns pontos críticos e estimular o governo a intervir para evitar que uma iniciativa tão importante transforme-se num fracasso.

Fonte: Ufficio Stampa On. Fabio Porta