UIL

Banco Mundial aponta U$ 15 bi a menos na remessa de imigrantes

Segundo órgão, volume de dinheiro enviado à casa, em todo o mundo, deverá cair de US$ 305 bilhões em 2008 para US$ 290 bilhões este ano; conferência de dois dias em Washington termina nesta terça-feira.

Um grupo de especialistas está reunido na sede do Banco Mundial, em Washington, para discutir o impacto da crise sobre as remessas de migrantes.

Segundo o órgão, a quantidade de dinheiro enviado à casa por trabalhadores que vivem no exterior deverá cair de US$ 305 bilhões para US$ 290 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 600 bilhões.

Xenofobia

Apesar da queda, o total de remessas de migrantes ultrapassa toda a ajuda destinada ao desenvolvimento no mundo.

De acordo com o Banco Mundial, a crise financeira global dificulta as condições de vida dos trabalhadores migrantes.

Muitos estão perdendo o emprego, enfrentando ondas de xenofobia e até violência fora de casa.

Em 2007, os países que mais receberam remessas foram Índia, China e México.

Brasil e Colômbia

Na América Latina, o Brasil é o terceiro a obter o maior número de envios.

Os brasileiros que trabalham no exterior mandaram à casa cerca de US$ 4,5 bilhões, apenas 100 mil dólares a mais que o montante recebido pela Colômbia.

Segundo o Banco Mundial, o mundo tem atualmente 200 milhões de pessoas vivendo fora de seus países de nascimento.

A reunião para debater os efeitos da crise sobre o envio de remessas em todo o mundo deve terminar nesta terça-feira. (Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York)