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Incêndios em Roma, a hipótese de uma direção comum

O último incêndio deflagrado no Parque Arqueológico de Centocelle, área verde de 120 hectares, na periferia leste da capital Roma, envolveu pelo menos uma centena de agentes e 50 bombeiros no sábado (09) e no domingo (10). Partindo de um antigo acampamento nômade, evacuado há dez anos, as chamas logo envolveram desmanches de automóveis.

Uma das primeiras reconstruções especula que alguém queimou o plástico que cobria cabos para extrair o metal.

Mas o fato vem sendo recorrente em Roma: chamas difíceis de domar, uma nuvem negra sobre a cidade e o aviso da prefeitura aos cidadãos para não abrirem as janelas. No dia 15 de junho aconteceu em Malagrotta, no dia 27 na Via Aurélia e no dia 4 de julho no parque Pineto.

A hipótese de fraude

O prefeito Roberto Gualtieri definiu a sequência de incêndios como "sem precedentes", na maioria dos casos causados ​​pela mão do homem. "Se resultasse que os incêndios mais graves tenham sido criminosos, isso seria muito grave", disse ele em entrevista ao Corriere della Sera.

Albino Ruberti, braço direito de Gualtieri no Campidoglio. "A sensação é que o modelo de gestão que o prefeito quer para Roma não agrada a todos". A referência é a dois biodigestores e à estação de tratamento: a cadeia de detritos, outro problema crônico da Cidade Eterna, veria seus interesses afetados.

Tese também sugerida pela conselheira de meio ambiente e resíduos Sabrina Alfonsi. "Se o motivo é mafioso não podemos dizer. O tema é que em quase todos os incêndios a cadeia de abastecimento de resíduos está envolvida". O trait d'union é dado pelo fato de todos os incêndios terem começado ou envolverem áreas designadas, ainda que não oficialmente, para o armazenamento de lixo. “A área onde começou o incêndio do Centocelle foi desmatada há menos de um mês e meio e havia uma área de triagem de resíduos auto-demolidores".

Fonte: Com informações de Euronews - 12/07/2022