Rumo a 2022, com motivada confiança e grande esperança
Um longo e agitado ano termina para a Itália e seus filhos espalhados por todos os cantos do mundo. Um ano mais uma vez marcado pela pandemia e suas pesadas consequências, não só no campo da saúde, mas também no campo econômico e - a nós, italianos que vivemos no exterior - na mobilidade, dentro e fora das fronteiras dos países onde vivemos. Para a representação política das comunidades italianas no mundo, o ano terminou com as importantes eleições dos Comites, órgãos básicos de nossas comunidades. Um voto marcado pelas dificuldades de um sistema (a chamada "inversão da opção", ou seja, o registro nas listas eleitorais) que certamente não favoreceu a participação, mas também por um descontentamento difuso e crescente da grande maioria dos italianos inscritos no AIRE (cadastro de residentes no exterior) em face de organismos que estão sendo considerados distantes de sua realidade e pouco capazes de alcançar a solução de seus problemas.
Contudo, a todos os candidatos e aos conselheiros eleitos, os meus votos de um bom trabalho conjunto, na esperança de que as novas comissões possam enfrentar o grande desafio que lhes é posto com a escarça participação. Renovar-se ou perecer: este é o imperativo que os três níveis de representação têm diante de si e caberá em grande parte aos recém-eleitos enfrentarem este difícil, mas entusiasmante, desafio. A presença no Parlamento de representantes eleitos no exterior também encontra-se numa encruzilhada crucial.
A recente expulsão do Senado, na sequência do meu recurso e da minha denúncia, de um senador eleito após fraudes eleitorais provadas pela Magistratura italiana, constitui ao mesmo tempo uma vitória histórica a celebrar e um fato gravíssimo para refletir. O voto no exterior representou de fato a maior conquista democrática da Itália e dos italianos no mundo, mas também a porta de entrada para negócios e fenômenos criminais nas instituições italianas no mundo. Fechar os olhos ou minimizar é inútil, diante de episódios dessa magnitude; a falta de uma ação ou a sua ineficácia para colocar em segurança o voto arriscaria explodir definitivamente este nobre exercício e por isso é igualmente importante e desejável que a justiça italiana e argentina (o país onde as fraudes que levaram ao confisco de senador USEI transferido para o MAIE) siga rapidamente o seu curso, identificando a responsabilidade e o conluio de fenômenos fraudulentos.
2022 será um ano muito importante para a Itália e não só: elegeremos o novo Presidente da República, garantido pela Constituição e símbolo da unidade nacional; graças aos fundos do PNRR (Plano Nacional de Recuperação e Resiliência) e ao crescimento econômico atual, teremos uma oportunidade, talvez única, de apoiar políticas expansionistas, também para a Itália no mundo; e provavelmente também será o ano decisivo para vencer a batalha sobre a Covid19, deixando para trás dois longos e difíceis anos devido à pandemia.
É por todas estas razões que os meus votos para este ano são ainda mais convictos e apaixonados: a cada um de vós, às vossas famílias, à Itália e aos países onde vivemos, quero transmitir o desejo de passar um Natal no espírito de valores universais de solidariedade e justiça e uma passagem de ano marcada pela esperança de entrar numa nova fase de crescimento tendo como centro o direito de todos os povos à saúde e à prosperidade.
Fabio Porta é sociólogo, coordenador do partido italiano Partito Democratico (PD), na América do Sul. Foi deputado por duas vezes, no Parlamento Italiano, representando os cidadãos italianos residentes na América do Sul. Preside o Patronato Ital-UIL Brasil (São Paulo - Brasil) e a Associazione Amicizia Italia-Brasile (Roma – Itália); é vice-presidente do Istituto per la Cooperazione con Paesi Esteri - ICPE (Bari – Itália) e da Associação Focus Europe (Londres – Reino Unido). É autor de numerosos artigos e publicações, em jornais italianos e estrangeiros.
Verso Il 2022, com motivata fidúcia e grandi speranze
Si conclude un anno lungo e ricco di eventi, per l’Italia e i suoi figli sparsi in ogni angolo del mondo. Un anno ancora una volta segnato dalla pandemia e dalle sue pesantissime conseguenze, non soltanto in campo sanitario ma anche economico e – per noi italiani che vivono all’estero – sulla mobilità dentro e fuori i confini dei Paesi dove viviamo. Per la rappresentanza politica delle collettività italiane nel mondo l’anno si è concluso con le importanti elezioni dei Comites, gli organismi di base delle nostre comunità. Un voto segnato dalle difficoltà di un sistema (la cosiddetta “inversione dell’opzione”, ossia l’iscrizione alle liste elettorali) che non ha certo favorito la partecipazione, ma anche da una diffusa e crescente disaffezione della stragrande maggioranza degli italiani iscritti all’AIRE (l’anagrafe dei residenti all’estero) nei confronti di organismi che vengono ritenuti distanti dalla loro realtà e difficilmente in grado di incidere sulla soluzione dei loro problemi.
A tutti i candidati e ai consiglieri eletti vanno comunque i miei auguri di buon lavoro insieme all’auspicio che i nuovi comitati possano essere all’altezza della grande sfida che proprio la scarsa partecipazione pone loro. Rinnovarsi o perire: è questo l’imperativo che i tre livelli di rappresentanza hanno davanti a sé e spetterà in gran parte ai neo-eletti affrontare questa difficile ma entusiasmante scommessa. Anche la presenza in Parlamento dei rappresentanti eletti all’estero si trova davanti ad un bivio cruciale.
La recente espulsione dal Senato, a seguito di un mio ricorso e di una mia denuncia, di un senatore eletto a seguito di brogli elettorali provati dalla Magistratura italiana costituisce allo stesso tempo una vittoria storica da festeggiare e un fatto gravissimo sui cui riflettere. Il voto all’estero ha infatti rappresentato la più grande conquista democratica dell’Italia e degli italiani nel mondo ma anche la porta d’entrata di fenomeni affaristici e malavitosi nelle istituzioni italiane nel mondo. Chiudere un occhio o minimizzare non serve a nulla di fronte a episodi di tale portata; un mancato o inefficace intervento per mettere in sicurezza il voto rischierebbe alla prossima tornata di fare saltare definitivamente questo nobile esercizio e proprio per questo è altrettanto importante e auspicabile che la giustizia italiana e argentina (il Paese dove si sono verificati i brogli che hanno portato alla decadenza del senatore USEI passato poi al MAIE) faccia rapidamente i suo corso individuando responsabilità e collusioni dei fenomeni fraudolenti.
Il 2022 sarà un anno importantissimo per l’Italia, e non solo: eleggeremo il nuovo Presidente della Repubblica, garante della Costituzione e simbolo dell’unità nazionale; grazie ai fondi del PNRR (Piano nazionale di ripresa e resilienza) e alla crescita economica in atto avremo un’opportunità forse irripetibile di sostegno a politiche espansive, anche per l’Italia nel mondo; e probabilmente sarà anche l’anno decisivo per vincere la battaglia sul Covid19, mettendoci alle spalle due anni lunghi e difficili a causa della pandemia.
E’ per tutti questi motivi che i miei auguri di quest’anno sono ancora più convinti e appassionati: a ciascuno di voi, alle vostre famiglie, all’Italia e ai Paesi dove viviamo voglio trasmettere l’auspicio di trascorrere un Natale all’insegna dei valori universali di solidarietà e giustizia e un passaggio di anno segnato dalla speranza di entrare in una nuova fase di crescita con al centro il diritto di tutti i popoli alla salute e alla prosperità.
Fabio Porta è sociologo, Coordinatore del Partito Democratico (DP) in Sud America, due volte deputato, eletto dalla Circoscrizione straniera al Parlamento italiano. Autore di numerose pubblicazioni e articoli per giornali italiani e stranieri, è Presidente del Patronato Ital-UIL del Brasile e dell’Associazione di Amicizia Italia-Brasile; Vice Presidente dell’ICPE (Istituto per la Cooperazione con i Paesi Esteri) e Vice Presidente dell’Associazione Focus Europe.
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