O perfil do consumidor do vinho brasileiro
Dados preliminares apresentados durante o FEAVIN, demonstram que o consumidor ainda carece de informações sobre a bebida
Um estudo encomendado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) que está sendo desenvolvido pela empresa Market Analysis Brasil, pretende identificar o perfil do consumidor de vinho brasileiro. Dados preliminares da pesquisa foram apresentados na tarde da última sexta-feira, 11, durante o Fórum Internacional de Viticultura e Enologia (FEAVIN), evento que integrou a Semana Internacional Brasil Alimenta realizada em Bento Gonçalves.
Embora não sejam dados conclusivos a pesquisa ainda está na fase qualitativa, onde foram feitas entrevistas individuais e grupos de discussão de consumidores das cidades de Porto Alegre, São Paulo e Recife informações apresentadas pela Coordenadora de Projetos da Market Analysis, Geisa Rodrigues permitem visualizar algumas tendências comportamentais e associações entre o vinho e bebidas como a cerveja e a cachaça feitas por consumidores desses três municípios que estão situados nas regiões sul, sudeste e nordeste, respectivamente.
Segundo o estudo, consumidores dessas três localidades relacionam a imagem do vinho brasileiro à tradição, família, resgate de valores e a situações que envolvam rituais específicos. Outra constatação da pesquisa aponta as principais razões para a compra de um vinho, tais como: para presentear, para encontros familiares, para satisfação de um prazer pessoal ou pelos benefícios já comprovados à saúde, entre outros.
Conforme Geisa Rodrigues, os dados preliminares indicam um quadro positivo, com possibilidade de crescimento do consumo de vinhos no Brasil em todas as classes sociais. Há um mercado latente, mas o consumidor ainda carece de informações sobre o vinho brasileiro, destacou. Mesmo em Porto Alegre onde as ações promocionais estão mais concentradas, percebe-se, segundo o estudo, a dificuldade em identificar tipos de vinhos, variedades de uvas e de diferenciar entre vinhos de mesa e finos.
Projeções
Além de apresentar tópicos até então coletados, Geisa Rodrigues arriscou uma projeção do consumo de vinhos no Brasil. Segundo ela, caso nenhuma ação seja tomada ou nenhuma modificação de ordem econômica, política ou social ocorra, o consumo de vinhos deverá passar dos atuais 1,9 litro per capita para 3,5 litros até 2030.
Nosso desafio é antecipar o aumento no consumo de vinhos, informando, orientando e educando o consumidor, salientou. De acordo com ela, o desenvolvimento de ações de marketing institucional e promocional é fundamental para o surgimento de novos consumidores e apreciadores do vinho nacional.
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