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Volpi em Teresina

A partir desta segunda-feira (13), a Casa da Cultura, no Centro de Teresina, capital Piauí,  recebe uma exposição do pintor naturalista e construtivista Alfredo Volpi. Até o próximo dia 30 de abril, os visitantes poderão conferir 33 obras do artista, conhecido como mestre das bandeirinhas. A exposição é uma parceria entre a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves e o Serviço Social do Comércio – Sesc.
Para o presidente da FMCMC, professor Cineas Santos, mais que uma mostra, a exposição tem caráter educativo. “Poder contemplar o trabalho do Volpi é sempre uma grande alegria. A exposição tem caráter pedagógico, uma vez que parte do Volpi figurativista para o minimalista”, disse, ressaltando que parceria entre a Fundação e o Sesc é promissora e será incrementada.

O coordenador regional de cultura do Sesc/Piauí, Giordano Bruno, também elogiou a parceria e lembrou que outras já vinham sendo feitas com a Secretaria Municipal de Educação de Teresina. “Nossa intenção é ampliar projetos como esses que visam principalmente os estudantes”, pontuou.

De acordo com a coordenadora da Casa da Cultura, Josy Brito, várias escolas já agendaram visita durante esta semana. A expectativa é que mais de 1.200 estudantes visitem a exposição e possam conhecer melhor o trabalho de Volpi. Outras visitas podem ser agendadas através do telefone 3215 7849.

Alfredo Volpi

Nascido em Lucca, Itália, Volpi veio com a família ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Exerceu vários ofícios, inclusive, o de decorador de interiores. Ao longo de quase um século de existência, o artista passou por várias fases, recebeu influências de pintores impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello, até encontrar seu próprio caminho. Suas obras foram dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato geométrico, como suas bandeirinhas multicoloridas, que se tornaram sua marca registrada.

A fase das bandeirinhas é a sua maior contribuição para a arte brasileira moderna, expressa em seu trabalho “Bandeiras e Mastros”. Num processo típico de um pintor do Renascimento, ele fazia suas próprias tintas, diluídas em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos naturais purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e ressecados ao sol.