Enrico Caruso
Enrico Caruso nasceu em Nápoles, na Itália, em 25 de fevereiro de 1873.
Seus pais, Marcellino e Anna Baldini, casaram-se em 21 de agosto de 1866, em Piedimonte d'Alife (atual Piedimonte Matese), onde viviam em condições econômicas precárias. Então eles decidiram ir para Nápoles, em busca de trabalho e Marcellino foi contratado como mecânico.
Ainda criança, aos 10 anos, Enrico começou a trabalhar com o pai em uma fundição em Nápoles. Além do seu ofício como operário mecânico, ele também trabalhou como desenhista, empregado por vários empregadores. Enquanto trabalhava, cantava para animar os companheiros. Logo ficou claro para todos que o ouviam que ele possuía uma voz que o levaria a uma atividade diferente: a de cantor.
Enrico Caruso como Don José, Nova York 1914
Assim, começou a cantar nas igrejas, primeiro no coro do oratório, nas estâncias balneárias, durante os concertos realizados para várias celebrações. Cantava com uma voz espontânea, ainda sem precisão técnica, entre a do tenor e a do barítono, quando decidiu fazer aulas de música com o maestro Guglielmo Vergine, de Nápoles.
Em fevereiro de 1894, Enrico foi convocado para o serviço militar em Rieti, com um destacamento da XIII Artilharia. Mas, depois de apenas 45 dias, ele conseguiu voltar para casa para continuar seus estudos de canto.
A sua estreia ocorreu em novembro de 1894, aos 21 anos de idade.
Como Enrico não dispunha de recursos financeiros suficientes para pagar as aulas, aceitou a proposta do maestro Vergine de lhe pagar 25% do valor das apresentações que realizaria nos próximos cinco anos.
Mas esta escolha acabou por ser errada, porque o maestro o apresentou ao mundo da ópera, como tenor, muito cedo. Assim Enrico teve que sofrer a mortificação de graves fracassos, em alguns teatros de Nápoles, especialmente no S. Carlo.
Enrico entendeu o erro que havia cometido e continuou seus estudos, com mais empenho e firme vontade de vencer, sob a orientação do mestre Vincenzo Lombardi. Somente em 1895 ele verdadeira deu início à sua carreira como cantor. Foi protagonista, em Nápoles, de óperas muito populares, como: Fausto, Cavalleria rusticana, Rigoletto, La Traviata, Gioconda.
Enrico Caruso, em traje do Duque na ópera Rigoletto, de Giuseppe Verdi (1908)
Posteriormente, a partir de 1897, passou a cantar em outros importantes teatros italianos, inclusive na Ópera de Milão, onde, em 1898, atuou na estreia mundial do Fedora.
Depois da Itália, Caruso foi cantar na América do Sul, em 1898, em Buenos Aires; depois, em 1899, em São Petersburgo. Em 1900 cantou no La Scala de Milão, na Bohème de Puccini, sob a regência do maestro Arturo Toscanini.
No ano de 1901 teve um fracasso no San Carlo de Nápoles, na representação do Elixir do Amor. A decepção foi tanta que ele jurou não mais cantar em Nápoles e mudou-se, em 1903, para os Estados Unidos, para Nova York.
A partir de 1902 começou a gravar discos e continuou até 1920.
De 1903 a 1920 cantou no Metropolitan de Nova York, com grande sucesso. A sua estreia neste teatro ocorreu em 23 de novembro de 1903, com o Rigoletto de G. Verdi. Também no Metropolitan de Nova York, cantou 607 vezes em 37 óperas diferentes e em 18 temporadas de ópera. Permaneceu naquela cidade, que o acolheu com grande entusiasmo, por cerca de vinte anos, até a um ano antes da morte.
Enrico Caruso e sua esposa, a jovem socialite Dorothy Park Benjamin
Em dezembro de 1920, ele foi forçado a deixar sua atividade devido a um abscesso pulmonar, o que lhe causou muito sofrimento. Em junho de 1921, mudou-se para Sorrento, na Itália.
Funeral de Enrico Caruso, na Igreja San Francesco di Paola, em Nápoles
Enrico Caruso, na manhã de 2 de agosto de 1921, aos 48 anos, morreu no quarto de hotel, na mesma Nápoles onde nasceu.
A causa da morte de Enrico Caruso: Peritonite provocada por um abcesso subfrénico, isto é, uma acumulação crescente de líquidos infectados entre o diafragma, o fígado e o pâncreas, que foi reduzindo a sua capacidade de respirar e, subsequentemente, de produzir sons.
Ele foi enterrado, em Nápoles, de acordo com sua extrema vontade, em uma capela do Cimitero del Pianto, na Doganella.