Bush promete investigar morte de agente italiano no Iraque
O presidente italiano Carlo Azeglio Ciampi recebeu, nesta quarta-feira, uma carta de solidariedade do seu colega norte-americano George Bush, onde afirma que será realizada "uma rápida e exaustiva indagação conjunta" para esclarecer a morte do agente italiano Nicola Calipari.
"O presidente dos Estados Unidos George Bush enviou ao presidente Ciampi uma carta de solidariedade pelo trágico acidente que provocou a morte de Nicola Calipari, o ferimento de Giuliana Sgrena e de um outro cidadão italiano no Iraque. Na carta, o presidente Bush assegura ao presidente Ciapmi que os Estados Unidos precederão a uma rápida e exaustiva indagação conjunta entre a Itália e os Estados Unidos para esclarecer esta terrível tragédia". Informou um comunicado do Quirinale, sede do governo italiano.
Por sua vez, o premier italiano Silvio Berlusconi prestou contas ao Senado sobre a morte do agente secreto italiano no Iraque.
Já uma comissão de inquérito da força multinacional no Iraque, que terá também representantes italianos, procurará esclarecer a morte de Calipari o mais rápido possível, entre três ou quatro semanas no máximo.
È o sinal que o governo italiano e Berlusconi esperavam após os contatos com os estados Unidos desde de sexta-feira passada.
O embaixador norte-americano Richard Boucher, porta-voz do Departamento de Estado americano disse em Washington que "juntos aos italianos, iremos a fundo nesta questão, acertaremos a verdade e conhecermos todos os fatos".
Segundo Boucher "o que precisamos é de uma investigação completa e cooperativa: penso que, sobre isso, os italianos estejam de acordo. A faremos com a sua participação.
"A Itália perdeu um dos seus funcionários capaz e dedicado. Mas sabemos que as relações entre os Estados Unidos e a Itália ainda são fortes e continuarão fortes", disse o funcionário norte-americano.
GIULIANA SGRENA
O diretor do jornal italiano Il Manifesto, Gabriele Polo, anunciou, nesta quarta-feira, que a jornalista Giuliana Sgrena contratou os serviços dos advogados Gamberini da Bolonha para que a representem num processo legal contra os Estados Unidos, porque Giuliana crê que foi prejudicada no ataque ocorrido no Iraque.
A jornalista foi atacada na sexta-feira passada por uma patrulha norte-americana quando se dirigia ao aeroporto de Bagdá, antes de retornar à Itália, após ser libertada de um seqüestro. No ataque, a jornalista ficou ferida e o agente do serviço secreto italiano Nicola Calipari morreu,.
A Procuradoria de Roma abriu um processo por homicídio voluntário contra os responsáveis do ataque.
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