Cidadanias obtidas entre 2007 e 2011 são suspeitas de fraudes
O Ministério Público pediu a abertura de processo contra 63 pessoas, entre brasileiros e italianos, que estariam ligadas a fraudes de documentos e residências falsas, em práticas da cidadania italiana iure sanguinis, pela via administrativa na Itália. As práticas suspeitas foram realizadas entre os anos de 2007 e 2011, nos municípios de Savona e Cairo Montenotte (Ligúria), região Noroeste do país.
O pedido de abertura de processo resulta da “maxi-operação do Ministério Público para as cidadanias falsas, no eixo Brasil-Savona”. A acusação indica a ocorrência de crimes de falsificação em atos públicos, por funcionários do Estado, falsificação de documentos e favorecimento de imigração ilegal.
Os brasileiros implicados na denúncia, conforme noticiado em matéria do jornal italiano Il Secolo XIX, na última terça-feira (10), são originários de Belo Horizonte (MG) e de Londrina (PR). No esquema, eles são apontados como mediadores, corretores de imóveis e assessores de práticas. Os italianos que aparecem na denúncia foram ou são funcionários públicos do Comune de Savona, da Farnesina e da Embaixada da Itália no Brasil. Segundo a promotoria, os servidores foram “complacentes” com os delitos, "apesar das discrepâncias visíveis em documentos forjados".
A juíza Fiorenza Giorgi marcou a audiência preliminar para o dia 20 de fevereiro de 2020, quando será decidido o envio a juízo ou o arquivamento da denúncia. A investigação envolve o estatuto da prescrição (sete anos e meio, a partir da data do suposto crime cometido). As investigações foram encerradas em 2011. Além disso, parte dos réus foi declarada indisponível, por se encontrar em local indeterminado.
Leia aqui a matéria completa no jornal Il Secolo XIX
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