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ISTAT: alarme negativo para a economia na Itália

A debilidade da economia italiana deve continuar. A afirmação é da pesquisa divulgada pelo ISTAT, em sua habitual "Nota mensal sobre o desempenho da economia italiana".

Conforme a análise produzida pelo Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT), fatores críticos ligados ao contexto global estão influenciando negativamente a economia da Itália e não há perspectivas de melhoras, pelo menos nos próximos meses.

As sanções impostas pelos EUA a produtos italianos e as medidas compensatórias ativadas pelos países envolvidos, fatores geopolíticos desestabilizadores e a desaceleração da economia chinesa são apontados como responsáveis pelo quadro econômico do país, em relatório divulgado, nesta segunda-feira (07).

Na primeira metade do ano, aponta o instituto, melhorias no mercado de trabalho "refletiram a tendência favorável da renda disponível bruta das famílias consumidoras, resultando em um aumento no poder de compra e na propensão a economizar". Isso levou a uma revisão das contas, com um aumento marginal no produto interno bruto, tanto no primeiro quanto no segundo trimestre (+ 0,1%).

A inflação ao consumidor permanece baixa, no geral e no subjacente. As indicações prospectivas a curto prazo dos operadores econômicos descrevem a continuação da atual fase de moderação.

A confiança dos consumidores e das empresas segue desenvolvimentos divergentes. O aumento das expectativas do consumidor e o declínio da confiança nos negócios atestam uma deterioração geral do clima econômico, acompanhada de uma melhoria na avaliação das perspectivas futuras, por parte dos consumidores.

A tendência da pesquisa sugere que, pelo menos nos próximos meses, não devem ocorrer mudanças significativas. No geral, o principal indicador "manteve um perfil negativo, sugerindo a continuação da fase de fraqueza nos níveis de produção".