A epidemia dos recém-nascidos e o lockdown
Depois dos Estados Unidos e da Nova Zelândia, que foram os primeiros a soar o alarme, uma forte epidemia de vírus sincicial respiratório (VRS) também chegou à Itália, que está afetando crianças muito pequenas em todo o país, com enfermarias pediátricas e cuidados intensivos dos hospitais cheios de crianças e bebês com bronquiolite e pneumonia causadas pelo vírus. Em Pádua, existem 16 pequenos pacientes, 4 dos quais entubados em terapia intensiva.
Especialistas dizem que as crianças podem ser mais vulneráveis do que o normal a vírus respiratórios e infecções sazonais porque não foram submetidas a patógenos durante os bloqueios decididos durante a pandemia. E as mães, que transmitem anticorpos para VRS através da placenta, também têm concentrações mais baixas de anticorpos depois de passar o último inverno em confinamento.
Fonte: Corriere della Sera – Leia aqui a matéria em italiano
A epidemia do VRS (vírus sincicial respiratório) está afetando crianças muito pequenas em toda a Itália, com enfermarias pediátricas e cuidados intensivos em hospitais cheios de crianças e bebês com bronquiolite e pneumonia causadas pelo vírus.
VRS (vírus respiratório sincicial), principal agente infeccioso da população infantil, causador da bronquite e outras doenças.
Em Pádua, 16 pequenos pacientes, 4 dos quais entubados em terapia intensiva, já no Policlínico Umberto I de Roma são 10 internados, dos quais 2, com apenas um mês de vida, em terapia intensiva. Porém também nas demais regiões a situação é semelhante, afirmou Fabio Midulla, presidente da Sociedade Italiana de Doenças Respiratórias Infantis e chefe do pronto-socorro pediátrico do Policlínico Umberto I de Roma, ouvido por Adnkronos Salute, na terça-feira (26): “Uma epidemia é chegada com 2 meses de antecedência. O vírus - explica - se contraído nos primeiros meses de vida da criança, provoca formas graves de bronquiolite, com manifestações clínicas no trato respiratório inferior, enquanto em crianças maiores e adultos se resolve com sintomas leves, como nasofaringite, febre ou tosse”.
“Débito de imunidade”
E enquanto na Itália começam a registar-se várias internações entre bebês pequenos, surge uma teoria: a da dívida imunitária acumulada graças às medidas adotadas em tempos de pandemia, que agora "pagamos com juros". A hipótese é abordada pela revista científica 'Lancet Child & Adolescent Health'.
A assinalar esse possível efeito 'bumerangue', um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia está atualmente escrevendo uma correspondência sobre o assunto.
Fonte: Originalmente publicado em Quotidiano.net - Leia aqui a matéria na íntegra em italiano
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