Ministro italiano nega pagamento de resgate por jornalista
O ministro italiano de Assuntos Exteriores, Gianfranco Fini, negou hoje, quarta-feira, que seu governo tenha pago um resgate pela libertação da jornalista Giuliana Sgrena, libertada na sexta-feira passada depois de ficar um mês em poder de um grupo armado no Iraque.
"Uma coisa deve ficar clara: o governo italiano nunca empreendeu uma negociação de troca de dinheiro (pela libertação da jornalista)", afirmou Fini.
O ministro rejeitou assim a hipótese de pagamento de um resgate, algo que alguns parlamentares tinham admitido extra-oficialmente - falava-se de entre seis e oito milhões de euros - e que o deputado da Liga Norte Cesare Rizzi tinha dito de forma explícita na Câmara.
"Desminto que o governo italiano tenha autorizado qualquer pagamento de dinheiro para facilitar a libertação de Giuliana Sgrena", frisou Fini numa entrevista à televisão pública RAI.
O chefe da diplomacia italiana considerou "difícil" que outros canais externos ao Executivo tenham feito chegar um resgate aos seqüestradores da jornalista. Além disso, reiterou que para que o seqüestro tivesse fim, foi ativida "uma série de canais políticos, diplomáticos e dos serviços secretos".
O ministro também disse que, no caso de Sgrena, foi "muito útil" a mobilização popular que se registrou para exigir sua colocação em liberdade.
Até o momento, o governo italiano não tinha confirmado nem negado claramente o hipotético pagamento de um resgate, embora o debate tenha passado para segundo plano devido ao trágico desenlace do seqüestro, marcado pela morte de um agente secreto em um ataque de soldados americanos.
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