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Sensualidade e erotismo nos quadrinhos: Milo Manara vem ao Brasil

Conhecido pela vertente erótica de sua obra, o quadrinista italiano Milo Manara, nascido em 1945 em Luson, na província de Bolzano, deverá estar no Brasil em novembro próximo, para participar de uma feira de história em quadrinhos, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo.

Famoso internacionalmente, Maurilio Manara surgiu para o mundo dos quadrinhos em 1969, depois de estudar arquitetura e pintura. Sua  obra de estréia foi Genius, um conto noir sensual e sombrio na linha de HQ’s como Kriminal e Satanik. Trabalhou para publicações menores (Jolanda, revista de arte soft core, e a revista satírica Telerompo) até ter sido convidado pelo "Il Corriere dei Ragazzi” para trabalhar com o escritor Mino Milani. A primeira história dos dois chamava-se "HP e Giuseppe Bergman", de 1983. A sigla "HP" é a abreviação do nome de um grande amigo deles, o artista e caricaturista italiano Hugo Pratt.

Os quadrinhos de Manara geralmente giram em torno de mulheres elegantes, bonitas expostas a cenários e enredos eróticos improváveis e fantásticos. Em alguns de seus livros mais famosos estão os contos "Il Gioco" (1983, em quatro partes, de "Click"), sobre um dispositivo que deixava as mulheres incontrolavelmente excitadas, e "Il Profumo dell'invisibile " (de 1986, em Butterscotch), sobre a invenção de uma tinta que deixava seu portador invisível.

Um dos seus trabalhos mais aclamados foi justamente em colaboração com Hugo Pratt, The Ape, para a Heavy Metal, revista cult do início dos anos 1980, que reconta a história de Sun Wukong, o deus-macaco da mitologia chinesa - com humor, arte sensual e uma série de críticas políticas.